segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Sapatilhas [ou ténis]




[Secção coisas de nada] Podia ser uma pintura. Reconheço a inspiração em Van Gogh. Saiu uma fotografia de sapatilhas (ou ténis, conforme a região geográfica de quem lê). Engraçado como as coisas ganham história e estórias. Comprei-as em Madrid, numa das minhas primeiras estadias em tempos de comissário. No Corte Inglês de Preciados. Na altura, andava com a mania das modas e das marcas. Inconscientemente: “só se é gente quando se veste marca”. Enfim, daquelas coisas de crise de auto-estima. Os anos passaram e entrei na Companhia de Jesus. Não tinha outras e levei-as para o primeiro Campo de Férias. Depois, peregrinação. Seguiram-se outros Campos e peregrinações. Contam muitos km’s e muita terra, coladas várias vezes com super-cola. Nem sequer era mania de pobreza, apenas o gosto de já fazerem parte dessas histórias de 13 Campos, com muito pó e muita animação. Ao vê-las recordo especialmente o uso, o caminho feito, desde aquele dia, lindas e maravilhosas na montra… até agora, gastas, rotas e cheias de contos. Hoje, conscientemente: “só se é gente quando se ama”. 

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