quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
La folle journée de Nantes - Schubert e os seus amigos
It´s not oh so quiet
Série Músicas que arrepiam XXXV
"But Death alas!".."When I am laid in earth"
Purcell: Dido and Aeneas
(Janet Baker, Anthony Lewis and the English Chamber Orchestra)
.
"Thy hand, Belinda, darkness shades me,
On thy bosom let me rest,
More I would, but Death invades me;
Death is now a welcome guest.
When I am laid in earth,
May my wrongs create
No trouble in thy breast;
Remember me, but ah! forget my fate."
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Ponto de Ordem
A noticia da manhã
Mas mais importante que a excitação dos media é facto de termos dois tigres perfeitamente assustados por estarem tão perto de tantos portugueses, sem saber para onde ir e para onde se virarem. Uma proximidade assustadora tão assustadora, para dois tigres que até agora eram, felizmente, protegidos por umas simpáticas grades.
Por isso, acho que esta coisa dos dois tigres à solta foi uma maldade do circo Chen, que lhesterá dito: «Já que se portaram mal ontem à noite, hoje de manhã vão ver como elas mordem. Vão conviver com os portugueses e fujam...»
De Schiller´s "Ode to Joy"*
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Virgens Suicidas
Que confusão a minha!
Para uma saúde culta
A Remodelação
«Tinha apostado que no final de 2008 já não ia haver hospitais em Portugal e que íamos passar a ir todos a Espanha… mas agora com a remodelação vou perder aposta!»
Berardo chega ao Governo
Ainda se fosse a final da Operação Triunfo...
Para variar...
"O Nuevo Ballet Español, uma das mais prestigiadas companhias de dança espanhola e flamenca, apresenta-se pela primeira vez em Portugal com o espectáculo Sangre Flamenca.
1 e 2 Fev 2008 - 21:00
3 Fev 2008 - 16:30
Ai os patrões
«Porque há empresas que não respeitam as mulheres, em especial quando a mulher está mestruada.».
Francamente, empresas assim deviam ser fechadas e por despacho ministerial...
Previsões?
Almada Negreiros, 1916
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Às vezes...
Bang Bang
(Nancy Sinatra)
Tesourinhos por e-mail
1-Li 170 vezes que a minha conta MSN ia fechar;
2- Acumulei cerca de 3000 anos de azar e morri 67 vezes por não ter reenviado certos e-mail!;
3-Agora quando saio à rua tenho medo de ser raptado por algum jeitoso;
4- Mandei dinheiro para uma menina doente para aì 7 000 vezes (é engraçado mas o tempo passa e a miuda continua sempre com a mesma idade);
5-O suposto Nokia que ia ganhar nunca chegou;
6-Assinei petições e nem sei ao certo que tipo de animal é que salvei!;
7-Jà sei vezes sem conta o que hei-de fazer para ser feliz;
8-Li pelo menos 25 vezes as citações do DALAI LAMA. Em conclusão acumulei 4690 anos de felicidade !!;
9 -E não esqueçamos o famoso virus que nem a Microsoft, Macaffee, Norton Symantec eram incpazes de detectar. Ainda tou à espera desse famoso mail contaminado!»
Se o Natal é sempre que um homem quiser, por causa desta música eu hoje quero!!
"Little Drummer Boy" by David Fonseca
A propósito...
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(...)"
domingo, 27 de janeiro de 2008
Conselho
"Tivemos um bocadinho de tempo e fomos ver... ó zé como se chama?"
(cameramen envergonhado, olhos no chão - Notre Dame)
"isso, olhe Gostei!".
Aos detractores, Woody Allen tem a sorte de filmar uma vez por ano, talvez de 3 em 3 brinda-nos com uma obra-prima, no meio há estudos, ensaios, ou apenas diversão. Logo, muitas vezes esperar muito mais dele, embora tenhamos esperança, é como procurar o Grande Amor na primeira que passa (!?!). Neste Cassandra, Woody Allen filma Londres como se fosse Manhattan, está por casa já. O resto é Crime e Castigo.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Augusto M. Seabra a propósito da estreia de Das Märchen no São Carlos
Há em Das Märchen, o conto de Goethe e a ópera de Nunes, umas personagens de relevo que são os Fogos-Fátuos. Lamentavelmente, e apesar das belezas que na obra também há (e repito que, apesar da vacuidade da concepção dramática, as quase duas horas do Acto I me surgem de grande beleza musical), Das Märchen é um Fogo-Fátuo, com uma encenação atroz no seu simples propósito “ilustrativo”, e mesmo que com uma realização musical empenhadíssima, na direcção de Peter Rundel e também, há a assinalar, contando com um cantor de excepção, o baixo Mathias Hölle.
Lamento, sinceramente lamento, em primeiro lugar pela simples razão “egoísta” de que não gosto de me chatear num espectáculo (e já me tinha bastado o que sofri no Rigoletto), em segundo lugar porque as questões contemporâneas da ópera me interessam como poucas, em terceiro lugar porque tenho o devido respeito e admiração, tantos vezes reiterados, pela obra de Nunes, que venho seguindo de há muito e sobre a qual venho escrevendo faz 30 anos; lamento, lamento sinceramente, mas enquanto objecto-ópera, nos seus próprios termos programáticos, Das Märchen afigura-se-me um desastre muito para além de tudo o que se poderia recear.
Não vejo “promessa” ou “aurora” alguma na obra, tão só os fogos-fátuos de uma ópera enquanto manifestação do poder. "
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
E porque é sexta-feira...
One way or another
(Blondie)
Aviso à navegação
De fugir!
Música que me arrepia
(Nina Simone)
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Lendo os outros
Já quase não há pessoas assim. Parece evidente que, antes da desgraça, o senhor que caiu da maca soube dar educação e formação aos filhos. Merecia, só por isso, ter vivido num país com mais respeito pelos seus habitantes."
Ainda
Bem vinda de volta!
Afastada, durante seis meses, da política nacional, por motivos pessoais, seguindo à distância as inúmeras celebrações do Governo, os vários "escândalos" nacionais, as desgraças da oposição, os novos fundamentalismos que, por aí pululam, as previsões económicas para 2008 e o invariável falhanço das reformas anunciadas, fui vendo como o país se fazia e refazia, diariamente, ao sabor das últimas notícias, perante a fragilidade de uma opinião pública que se indigna com facilidade e se esquece com rapidez do que é, de facto, essencial. Ao fim de pouco tempo, tudo se mistura e se esvai numa amálgama de factos nivelados pela falta de memória, donde nada sobressai: da eleição do dr. Menezes que, num momento alto de patriotismo, garantiu que só correria, em território nacional, nomeadamente na Avenida dos Aliados e na Avenida da Liberdade, ao optimismo do Governo perante o quadro desanimador da economia, da miséria das reformas ao aumento do desemprego, da Ota e do que lá se gastou inutilmente à nova polícia dos costumes, da intromissão do Estado na vida privada dos cidadãos aos negócios obscuros que, mais uma vez, serão investigados "doa a quem doer", da contínua degradação da Justiça à farsa que se vive na Educação, do referendo ao Tratado de Lisboa que não se vai fazer à amena cavaqueira sobre as promessas dos políticos que ficam por cumprir, da agonia pública do Banco Comercial Português (BCP) à sua transformação numa espécie de delegação governamental, da reacção do PSD que, em nome de uma justa repartição de lugares, exigiu que um militante seu ficasse à frente da caixa Geral de Depósitos (CGD) à vontade expressa do dr. Armando Vara querer ir para o BCP, permanecendo, ao mesmo tempo, nos quadros da CGD, ficou apenas uma impressão difusa, subjugada pelo desejo permanente de novidade e pela forma esmagadora como ela nos cai em cima. De um dia para o outro, a fragilidade do capitalismo português, a dependência dos grupos económicos do Estado, a promiscuidade entre o sector público e o sector privado e todos os grandes negócios que ficam por explicar são substituídos por umas intrigas no PSD e pelo rapto da Marilu."
'Das Märchen'
Segundo a sinopse, todas as personagens estão enfeitiçadas, vão metamorfoseando-se ao longo da ópera até chegarem "a uma existência livre e plena".
Trago os meus sonhos perdidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noite de solidão
Trago versos trago sons
Duma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da agonia
Trago amarguras ao molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meu olhos
Que choram desde meninos
Trago noites de luar
Trago planícies de flores
Trago o céu e trago o mar
Trago dores ainda maiores"
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
ENSEMBLE EUROPÉEN WILLIAM BYRD
GRAHAM O'REILLY (direcção)
Música Portuguesa do Século XVIII
João Rodrigues Esteves
Cum turba plurima
Missa a 8 vozes: Kyrie - Gloria
Stabat Mater
Lamentações a 8 vozes
Missa a 8 vozes: Credo - Sanctus - Agnus Dei
Miserere a 12 vozes Para depois do Sporting - Fêcêpê.
Pessoa infinito (A NÃO PERDER!!!)
Também Ofélia Queirós – a mulher com quem o poeta teve o único envolvimento amoroso conhecido – é convocada pela dramaturgia finamente urdida por António M. Feijó, que supera a redutora clivagem entre “vida” e “obra”, e põe em relevo alguns ritmos maiores do universo Pessoa. De novo com João Reis no elenco quase residente do TNSJ, mas também com a inspirada inventividade de colaboradores que o acompanham desde 2003, Ricardo Pais experimenta a performatividade da(s) escrita(s) de Pessoa, tecendo um poderoso enredo de estímulos auro-visuais e pondo-nos em contacto com a obra de um homem que, de modo heróico, pretendeu – e conseguiu – “introduzir beleza no mundo”."
Turismo Infinito
Sala Garrett
11 de Jan a 26 de Jan 2008
3ª a SÁB. 21h30 DOM. 16h00
com a colaboração de NUNO M CARDOSO
dispositivo cénico MANUEL AIRES MATEUS
figurinos BERNARDO MONTEIRO
desenho de luz NUNO MEIRA
JOÃO REIS EMÍLIA SILVESTRE PEDRO ALMENDRA
JOSÉ EDUARDO SILVA LUÍS ARAÚJO
O que se passa?
28 anos...
Nasci no mesmo ano que o Heath Ledger. E é desconcertante... Tanto se passa pelo mundo em cada segundo que seria impossível descrever, mas a partida é desconcertante. Diariamente na minha oração, nos meus pensamentos, deparo-me com questões sobre a vida, sobre o ser humano... Onde é que chegámos? Onde é que chegamos?
Enquanto escrevia esta primeira parte, pensei que não deveria continuar... Fui rezar! Sim, recolher-me enquanto ouvia a banda sonora do Alice e, bolas, pensava no ser humano que me fascina... Durante tanto tempo desvalorizado (recordando o jansenismo), depois sobrevalorizado (recordando o modernismo, com o apogeu neste aspecto em Nietzsche com o seu super-homem). Não está na altura de voltar a olhar com equilíbrio para o que somos? Com naturalidade para as qualidades e para o limite?
Ser para... Ser por... Não será este o caminho da comunhão? Naturalmente, o desejo do ser humano é o encontro face-a-face. Afinal, o ser humano é aquele que vê, vê de frente, olhos nos olhos quem é o outro, numa revelação permitida.
Nestes dias tenho ido mais fundo neste "face-a-face" contigo. Olhar para o texto que te revela já não me chega, tenho de te buscar no outro, mesmo no silêncio, mesmo na menor ou maior empatia. Ir para além do superficial construído pelo ego que se forma, de modo a chegar à essência daquele que é contigo. E todos somos contigo. Permitimo-nos relacionar... Viver de fundo o que nos une, mesmo quando sentimos separação...
Curioso. De essência estar voltado para o outro e chegar ao ponto de perceber que mais forte do que isso é viver pelo outro...
Complicámos demasiado a relação contigo. O temor rapidamente passou para o tremor, a impossibilidade, quando nos mostras a total possibilidade de estar com...
Porque é que não se vive isto mais a fundo?
Há orações que parecem muito bonitas, mas ficam por isso mesmo pela sua beleza, não entrando... Será oração? Ou serão palavras escolhidas para preencher um ritual? Quando mergulho na Eucaristia tento saborear os gestos que encarnam as palavras. Tento fazer o pouco que vai sendo revelado em mim, a minha própria Pessoa.
Afinal o Sagrado encontra-se na essência da Pessoa Humana. O Sagrado não olha ao tempo, à história, à vida, à característica do ser humano, o sagrado é a Pessoa em si. Sinto o desejo de acolher a divinização que vai acontecendo na medida em que nos abrimos à graça dO Divino e deixar que o seu Amor de vida de acção/missão me (nos) faça vibrar até à mais ínfima parte do Corpo...
Heath Ledger (1979 – 2008)
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Os malefícios do tabaco
De Espanha... (João, juro que isto não é uma provocação!)
Eu fumo, tu fumas, ele fuma, mas isso vai acabar, ó se vai!
- a lei só pretende proteger a saúde dos não fumadores
- a lei deixa que haja espaços de fumadores desde que haja extracção de fumos
- a lei permite que os fumadores fumem desde que não façam fumo
- os não fumadores devem poder entrar livremente nos espaços de fumadores, porque está garantido que não vão ter fumo
- os espaços para fumadores têm que ter uma qualidade do ar
- ninguém sabe que parâmetros devem ser adoptados
- ninguém sabe que equipamentos garantem essa pureza inaudita
- vai haver inspecções para ver se os equipamentos que ninguém sabe quais são e como têm que ser estão instalados e certificados por quem não se sabe se certifica
- em 2009 vai sair uma lei da qualidade do ar mas já é aplicável aos espaços dos fumadores
No fim do programa já se confessava que o objectivo é acabar com os fumadores, só não se diz isso porque lá vinham uns teimosos invocar a liberdade individual. Assim, pode ser que passe e se cansem...
Gracias a la Vida
"rapariga do meu tempo", Joana Baez.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Apelo!
Um curiosidade
Situado na costa de Zadar uma cidade da Croácia,
encontramos o Órgão do Mar, degraus cravados em rochas
que têm em seu interior um interessante sistema de tubulações que,
quando empurradas pelos movimentos do mar, forçam o ar e,
dependendo do tamanho e velocidade da onda, criam notas musicais,
sons aleatórios.
Criado em 2005 e ganhador do prémio europeu para espaços públicos
(European Prize for Urban Public Space), o Órgão do Mar
recebe turistas de várias partes do mundo que
vêm escutar uma música original que traz muita paz.
O lugar também é conhecido por oferecer um belo pôr-do-sol,
o que agrada ainda mais as pessoas que visitam a localidade. Zadar é uma bela cidade do litoral da Croácia
e foi duramente castigada durante a 2ª Guerra Mundial.
A criação do Órgão é também uma iniciativa para devolver
um pouco do que o lugar perdeu com tanta destruição e sofrimento.
domingo, 20 de janeiro de 2008
A não perder
Atonement
(Absolutamente sublime)
"I am very, very sorry for the terrible distress that I have caused you."
sábado, 19 de janeiro de 2008
Perfil do P. Adolfo Nicolás,sj
Father Adolfo Nicolás
21-Feb-2007A conversation is an exchange. It leaves neither participant unchanged. This is something that Jesuits and other Christians working in Asia have found for centuries.
It’s been 46 years since Father Adolfo Nicolás first traveled to Japan as a missionary from Spain. His has been a long conversation, first in Japan, but also in Korea and more recently in the Philippines. It’s left him convinced that the West does not have a monopoly on meaning and spirituality, and can learn a lot from the experience of Asian cultures.
‘Asia has a lot yet to offer to the Church, to the whole Church, but we haven’t done it yet’, he says. ‘Maybe we have not been courageous enough, or we haven’t taken the risks that we should.’
It speaks volumes that when Father Nicolás talks about Asia, he uses the term ‘we’. As President of the Jesuit Conference of South East Asia and Oceania, he’s responsible for bringing Jesuits across the region together to think beyond their own countries, and confront challenges facing the globe.
The group he represents stretches from China and Myanmar in the west, to Korea in the north, Australia in the south, and Micronesia in the east. It brings together an incredibly diverse group of cultures and societies. From countries where Christianity has been strong in the past, but is on the wane, to places where Christians make up a small but vibrant minority.
Asked if people from a culture like Japan experience Ignatian Spirituality differently than those in the West, Father Nicolás says the experience was indeed different, but it had yet to be formulated.
‘I think the real experience of the Japanese is different. And it should be different. But the formulation continues to be very much a Western formulation’, he says.
A Japanese Jesuit, Father Katoaki, has recently translated and added comments on the book of the Exercises from a Japanese-Buddhist perspective. Father Adolfo says there has also been some discussion on whether the Exercises could be presented to non-Christians, and how that might occur.
‘The question is how to give the Ignatian experience to a Buddhist’, he says. ‘Not maybe formulated in Christian terms, which is what Ignatius asked, but to go to the core of the experience. What happens to a person that goes through a number of exercises that really turn a person inside-out. This is still for us a big challenge.’
While some work has been done comparing the Ignatian experience with that of Hindus, he says there hasn’t been a lot of work on finding similarities say in Japanese, Chinese or Korean cultures. He says East Asia has been more slow to do this in India, partly because the East Asians have a strong respect for tradition, and hence a respect for Christianity’s European traditions. However, the region’s remoteness also gives it more freedom to be creative.
‘There is more space for experimenting, for trying, for thinking and exchanging’, he says.
Essentially, he says the Exercises are about letting God guide people. This is something that those directing retreats have been wary of in the past, but something that is important when dealing with people from different cultural backgrounds.
‘The fact is, if God is guiding then the Japanese will be guided the Japanese way. And the same with the Chinese, and with people from other religions’, he says.
‘Then the director simply has to be perceptive, to see signs that here God is saying something that I don’t understand, and be humble enough to say continue as long as you keep sane and balanced etc.’
Others throughout Asia are dealing more directly with questions of cultural difference, working as missionaries in countries like Cambodia and Myanmar. Father Nicolás says he’s wary of missionaries who don’t enter into the lives of the people, but keep the patterns of their home cultures – Europe or Latin America - alive in their mind. For them, it’s not about exchange but about teaching and imposing orthodoxy.
‘Those who enter into the lives of the people, they begin to question their own positions very radically’, he says. ‘Because they see genuine humanity in the simple people, and yet they see that this genuine humanity is finding a depth of simplicity, of honesty, of goodness that does not come from our sources.’
That conversation must continue, if we are to learn from Asia and Asia is to learn from us.
‘That is a tremendous challenge, and I think it’s a challenge that we have to face. We don’t have a monopoly, and we have a lot to learn.’
By Michael McVeigh
Habemus Patrem Generalem - P. Adolfo Nicolás,sj
Felicitamos o novo P. Geral e pedimos para ele todos os dons do Espírito Santo para levar adiante a missão que acaba de receber.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Verdades, erros e falsidades
"Em verdade, em verdade vos digo..." dizia Jesus aos seus apóstolos e essa repetição sublinhava o Seu acreditar, a sua convicção do que queria afirmar e ensinar.
O que é a verdade? Os cientistas procuram a verdade que lhes permite conhecer e entender os fenómenos mas a ciência só evolui se essa verdade for sempre posta em causa, a dúvida é o método para se progredir: nunca se fiar na verdade, testá-la até à exaustão para lhe destruir a aparência, ir ao âmago, ao infinito da nossa capacidade de apreender as coisas. Ora, isso só é possível se houver confronto de ideias, com outros ou consigo próprio, mas é claro que a autocrítica é sempre mais difícil, é como jogar xadrez sozinho.
Mas uma coisa é vir a provar-se que não é verdade o que alguém afirmou como tal, outra bem diferente é afirmar-se uma coisa em que não se acredita, levando os outros a tomá-la como certa. É com esta falta de verdade que não devemos pactuar, é esta que mina a confiança e leva ao cepticismo.
Joga-se com a verdade, com a sinceridade, com a lealdade? Pois jogam-se valores essenciais, ignorando que as falsas pequenas vitórias que possam daí resultar são tão frágeis como uma tese científica defendida por um idiota.
E se no Domingo fosse...
E porque é sexta-feira...
American Pie
(Don Maclean)
Graffiti
Ary dos Santos - + 18/1/1984
Erich von Stroheim
This is not Halloween
O Papa, por Suzana Toscano no 4ª República
Uma vergonha, acho eu. Nem tanto o protesto, porque cada um é livre de se manifestar como muito bem entender e os outros de lhe darem a importância que merece. Pelo que li, o que é incompreensível é como é que uma manifestação deste tipo pode dar origem ao cancelamento da visita, dando assim uma dimensão quase universal, pelas repercussões, a uma atitude que só deveria merecer desprezo e censura.
Não aceito que um qualquer grupo que grite umas frases chocantes ou desrespeitosas seja suficiente para mudar a agenda do papa. É isso que assusta, é esta insuportável fraqueza perante a arrogância de quem acha que deve dizer aos gritos a sua opinião, tão alto que não deixe ouvir a dos outros, nem que seja a do Papa.
Acho muito triste que, de todas as notícias que procurei, nem uma tenha adiantado uma forte razão para a desistência, o risco de vida, os motins, a insegurança, sei lá, qualquer circunstância imbatível que não nos deixasse a acreditar que é fácil limitar os movimentos do Papa.
Também acho patético que todos os altos responsáveis políticos italianos se tenham apressado a manifestar grande repúdio pelas manifestações, grande preocupação pelo acontecido, como se fossem impotentes para o evitar, ainda por cima afirmando "o direito de o papa falar", afirmação que, só por si, dá bem a imagem da cobardia e da hipocrisia política. Como se fosse sequer de admitir a dúvida sobre esse direito! Como se fosse precisa essa solidariedade!
A Igreja católica italiana convocou uma manifestação de defesa do pontífice para domingo na praça de São Pedro na hora da oração do Ângelus, dizem as notícias, e eu fico perplexa. O Papa vítima impotente de uma manifestação numa universidade, tolhido no seu direito de expressão, como um qualquer perseguido pelas fúrias indomáveis da tirania...!
Não admira, assim que, segundo um jornal, a ministra italiana para os Assuntos da União Europeia tenha tido o topete e a desconsideração de esclarecer que "Ninguém deseja calar o papa ou tentar negar-lhe o direito de expressão. Acho preocupante o quadro com que nos deparamos hoje: o único que tem espaço para falar, a qualquer hora, é o papa."
Por mim, não tenho sequer o impulso de comentar a atitude e o teor do protesto, mal teria dado por ele se não o tivessem promovido à desmesurada categoria de "ameaça à liberdade de expressão do papa".
No meio disto tudo, perde-se a mensagem, apesar da publicação do discurso logo no dia da visita cancelada. Qual é o sinal de força de um papa "amordaçado" por um punhado de manifestantes numa Universidade em Roma?"
Suzana Toscano, in 4ª República