sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Aprender a mudar...
O Eterno Descobrimento
Deus não se apresenta aos nossos seres finitos
como uma Coisa já completamente acabada
que vamos abraçar.
Deus é, antes, para nós
o eterno descobrimento
e o eterno Crescimento.
Quanto mais julgamos compreendê-lo,
mais Ele se mostra diferente do que julgávamos.
Quanto mais julgamos tê-lo agarrado,
mais ele recua, atraindo-nos para as profundezas de si próprio.
Quanto mais nos aproximamos dele,
por todos os esforços de natureza e da graça,
Mais ele aumenta com o mesmo movimento,
a sua atracção sobre as nossas potências,
e a receptividade das nossas potências
a essa divina atracção.
Teilhard de Chardin,sj
Mudar, aceitar a mudança, caminhar na certeza de que algo se renova. Quem é Deus? Quem é Deus na minha vida? Quem sou eu em Deus? Estas questões levam-nos ao profundo de nós, dando passos que nos encaminham para Ele. As respostas que vão surgindo vão sendo diferentes, vão mudando. Talvez quando tinha 2 anos, fechado no pequeno grande mundo da relação com a minha mãe e o meu pai, Deus seria sem dúvida o aconchego do regaço de um dos dois… Talvez quando tinha 6 anos, Deus começasse a aparecer de uma forma diferente, afinal o Menino Jesus trazia presentes naquela noite fria, mas mágica… Talvez quando tinha 12 anos, Ele já era enorme, grande, intocável… E eu nem tinha ido à catequese… Fugi… Aos 15, Ele era sem dúvida um tirano, levou-me uma das minhas grandes amigas… Mas aí, dá-se a grande mudança. Obrigou-me, de frente para Ele, a questionar, questioná-Lo, mesmo inconscientemente… Levou-me ao que sou hoje… Uma pessoa mudada e em mudança.
Hoje, já não é um talvez. Encaro esta certeza de Deus Encarnado numa constante novidade diante de nós. Que abraça, acolhe, beija, AMA cada sonho, cada ser humano… E que desafia, interpela, que não nos deixa conformar com o que já está. O Eterno Descobrimento, que pede Mais, a mim próprio, perante o que sou diante dos outros e diante d’Ele.
[Texto escrito para o CÁBULA revista do CAB - Centro Académico de Braga]
Momentos difíceis
'Sometimes I Feel Like A Motherless Child'
(Jimmy Scott)
para o Henrique
É hoje!
CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito
Palácio Anjos
Alameda Hermano Patrone
Algés
22H00
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Silvano Lourenço (Campeão Europeu)
Congratulations
SILVANO LOURENÇO (Por)
EUNATE AGUIRRE (SPN – BC)
The new ETB CHAMPION`S
After the last ETB event 2007 in Agadir – Morocco the European Tour of Bodyboard have find the 2007 Champions in Bodyboard Open & Ladies.
Direito de Informar
Desejo
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
A tristeza das más notícias...
Aquilo que seria necessário da minha parte seria uma disponibilidade, no fundo, igual àquela que eu tenho tido sempre, que é pondo como prioridade na minha vida os Madredeus. Falei com o Pedro (Ayres Magalhães) e decidi que não podia dar essa disponibilidade".
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Hoje acordei mais ou menos assim (Série Músicas que arrepiam XXVI)
Qualsevol nit pot sortir el sol
(Jaume Sisa)
Qualsevol nit pot sortir el sol é uma canção de 1975 composta, escrita e interpretada por Jaume Sisa. É dirigida ao público infantil mas devido à sua extraordinária letra e música tem encantado filhos e pais, superando as barreiras generacionais.
Na realidade não encontrei a versão que eu gosto desta música. Se tiverem curiosidade não deixem de ouvir a versão de Albert Plá. É absolutamente arrepiante!
Apesar de ser em catalão, aqui fica a letra em castelhano:
.
"Hace una noche clara y tranquila, la Luna nos ilumina y los invitados van llegando y llenan toda la casa de colores y de perfumes. He aquí a Blancanieves, Pulgarcito, los tres cerditos, el perro Snoopy y su secretario Emilio. Y Simbad, Ali-baba y Gullivert. Oh, bienvenidos, pasad pasad, con la tristeza haremos humo. Mi casa es vuestra casa si es que hay casas de alguien. Hola Jaimito, y doña Urraca, Carpanta, y Barba-azul, Frankenstein, y el Hombre-lobo, el conde Dràcula, y Tarzán. La mona Chita y Peter Pan. La señorita ‘Marieta del ull viu’ viene con un soldado, los Reyes Magos y Papa Noël. El pato Donald y Pasqual, la ‘Pepa maca’ y Superman. Oh, bienvenidos, pasad pasad, con la tristeza haremos humo. Mi casa es vuestra casa si es que hay casas de alguien. Buenas noches señor King Kong, señor Asterix y Taxi-Key. Roberto Alcázar y Pedrín, el Hombre del Saco, y Pulgarcito, señor Charlot y señor Obélix. Pinocho viene del brazo con la Moños. Está la mujer que vende globos, la familia Ulises, y el Capitán Trueno en patinete. Oh, bienvenidos, pasad pasad, con la tristeza haremos humo. Mi casa es vuestra casa si es que hay casas de alguien. A las doce han llegado la Hada Buena y Cenicienta, Tom y Jerry, la Bruja Calixta, Bamby y Moby Dick, y la Emperatriz Sissi. Y Mortadelo, y Filemón, y Charly Brown, y Guillermo Tell, la Caperucita Roja, el Lobo Feroz, y el ‘caganer’, Cocoliso y Popeye. Oh, bienvenidos, pasad pasad, ahora ya no falta nadie, o quizás sí… ya me doy cuenta… que tan sólo faltas tú. También puedes venir si quieres, te esperamos, todo el mundo cabe aquí. El tiempo no cuenta, ni el espacio… porque aquí, cualquier noche puede salir el sol."
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
"Boa Sorte / Good Luck" - Vanessa da Mata e Ben Harper
É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais Expectativas Desleais
That's it
There's no way
It's over,
Good luckI have nothing else to say
It’s only words
And what l feel
Won’t change
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It’s heavy
Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais / Isn’t real
Expectativas / that Expectations
Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world in the world
All you want
All you want
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me
É demais / It's too much
É pesado / It's heavy
Não há paz / There's no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me
Irreais / isn’t real
Expectativas / that Expectations
Now we're falling, falling, falling , falling into the night, into the night
Falling, falling, falling, falling into the night
Um bom encontro é de dois
Now we're falling, falling, falling , falling into the night, into the night
Falling, falling, falling, falling into the night
O primeiro
"Happy Days Are Here Again"
Um novo Insecto
domingo, 25 de novembro de 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
Às vezes até parece mentira
Como se isto não bastasse, a Ministra da Cultura diz, segundo notícia do Público, que "não fui sequer informada pelos meus serviços, designadamente pelo IMC, sobre o interesse do Estado em comprar esse quadro", o que revela das duas uma: que "é muito reduzida a utilidade de um governante que se esconde atrás dos seus serviços quando alguma coisa corre mal, como faz a ministra da Cultura", como disse Paulo Ferreira; ou então mais uma vez se prova que o Ministério da Cultura funciona quase em auto-gestão e a Ministra desconhece os assuntos mais relevantes da actualidade.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
É Fácil!
Mais VPV
Ela não é Francesa Ele não é Espanhol
CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito
Palácio Anjos
Alameda Hermano Patrone
Algés
22H00
Doce Mistério da Vida (para a Moura, o Louro, o Tiago e o Paulo, sj)
"Minha vida que parece muito calma
Tem segredos que eu não posso revelar
Escondidos bem no fundo de minh'alma
Não transparecem nem sequer em um olhar
Vive sempre conversando à sós comigo
Uma voz eu escuto com fervor
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor
A ninguém revelarei o meu segredo
E nem direi quem é o meu amor"
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Pensamentos soltos...
Só ontem tive oportunidade de ler com calma a carta que Bento XVI escreveu aos nossos bispos. Para mim, alguns pontos que o Papa apresenta na carta não são novidade. De facto, a fé portuguesa anda muito centrada em santos e santinhos, gerando confusões no pensamento sobre isto da religião e da fé. Sem querer cair no perigo da generalização, é notória a cada vez maior desvalorização da celebração dominical e tudo o que está ligado com a Igreja, na sua dimensão comunitária. De que me serve ir todos os anos a Fátima, por exemplo, se isso em nada contribui para uma mudança da minha relação com a comunidade? Até mesmo com Jesus? Maria tem um papel importante enquanto imagem da humanidade que dá o sim à divindade, mas ela não é a divindade.
Também por pensar sobre isto, graças ao que vou escutando nas várias conversas que vou tendo, percebo que tem de começar a haver um questionamento sério sobre o que se prega, anuncia (ou não anuncia), deitando abaixo a imagem clericalista da Igreja. Muitas vezes, em Igreja pergunta-se, “porque é que já não vêm ter connosco?”. Para mim uma pergunta que já demonstra preocupação, mas ainda é voltada para dentro. A meu ver, juntamente com esta questão deve surgir outra: “o que é que nós, Igreja, estamos, ou não estamos, a fazer que provoca este afastamento em relação a nós?”. Penso que Bento XVI também está a colocar esta última questão aos Bispos. Afinal, andamos a centrar a fé nas romarias e não na Pessoa de Jesus. E conhecer a fundo Jesus Cristo não é, de todo, perdoem-me a expressão, esfregar as mãos nesta ou naquela imagem em busca do milagre, ou sabe-se lá do quê. A Teologia é bastante mais séria e a busca da relação com Deus traz muitas responsabilidades. Tem de se perder o medo em partir estruturas antigas e olhar às novas respostas para os dias de hoje. De facto, vinho novo em odres velhos, já se sabe o resultado.
Penso que se ganharia muito mais em começar a escutarmo-nos uns aos outros, em escutar os sinais dos tempos. Há tanto bem na Igreja, que acaba por ficar abafado por mesquinhices que não têm interesse nenhum. De que me serve anunciar que “Jesus é amor” se isso não é vivido? De que serve estar a dizer às pessoas para vir à Celebração Dominical, se não se explica, na medida do possível, o que se passa naquele momento? Não faz sentido ir à Missa por obrigação... Faz sentido quando busco uma relação...
A formação é cada vez mais importante. E começaria pelos padres, diáconos, catequistas. Sair de paradigmas antigos e entrar em pleno, por exemplo, na grande mensagem de esperança do Concílio Vaticano II. Há dias comentaram-me que a Igreja deixou de evangelizar há 1700 anos atrás, quando saiu das catacumbas, porque a partir desse momento deixou de propor, para passar a impor. Tenho noção de que este pensamento pode ser redutor, mas tem o seu quê para reflectir. Jesus veio anunciar a Boa-Nova, tendo sido muito duro perante as atitudes dos fariseus que impunham as suas doutrinas. Afinal, a libertação do ser humano passa por uma relação de esperança e verdade diante de Deus e não de medo, como se de um tirano tratasse. E esta relação tem de ser livre, no sim que é dado a quem ouve e vê Jesus. Ora, nós crentes, temos de ser os primeiros a dar o exemplo do acolhimento, do não julgamento. Sei que me torno repetitivo sobre este ponto, mas a experiência vai-me confirmando esta posição.
Se Bento XVI pede para nos centrarmos em Jesus, torna-se evidente, pelo menos para mim, que temos de voltar o nosso olhar para o Mistério da Encarnação. Não estou a ver Deus encarnar por um capricho, mas sim por este profundo desejo de integrar toda a humanidade na sua divindade. E isto vive-se em comunidade, na relação comigo, com os outros e, sobretudo com Jesus, Deus encarnado. Isto é mesmo muito sério…
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
(...)
O Papa Ratzinger é diferente. Ocupou-se da doutrina enquanto Woytila se ocupava da fé. Teólogo, intelectual brilhante, com uma noção da intemporalidade da Igreja que vai muito além dos fenómenos passageiros de histeria de massas, ele sabe que 300.000 peregrinos em Fátima não significam 300.000 cristãos no dia-a-dia da Igreja e das suas próprias vidas. Sabe que há católicos, e a grande maioria, que é capaz de viver 364 dias por ano ao arrepio da moral e dos mandamentos da Igreja e um dia por ano a conquistar a absolvição dos seus 'pecados' numa excursão a Fátima, mais ou menos penosa. E sabe que a fé e a religião são coisas diferentes disso."
O texto é do MST no Expresso.
Lentamente vou mudando a minha opinião sobre este papa. Ao contrário de João Paulo II, está pouco interessado em tirar beneficio de alguns abusos da fé. Também, parece-me bastante menos ortodoxo, o que não é estranho se puser a razão à frente da metafisica. Paulo SJ, queres dar a tua opinião sobre isto tudo?
A velhice começou
Portanto, velhice com artroses é uma certeza, resta-nos umas surfadas para nos fazer esquecer as dores, que um dia começarão. O horror é uma velhice! E só tenho 29 anos…:(
As artroses são já um certeza, que se segue? O cabelo nãooooooooooooooooooooooooo...
Tesourinhos por e-mail: qual a função do apóstrofo?
domingo, 18 de novembro de 2007
sábado, 17 de novembro de 2007
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Old Trafford
« Estive no Parlamento seis meses, com férias de Natal pelo meio. Não fiz nada (…) De vez em quando recebia instruções para votar assim ou assado. Sem comentário (…) Às quatro e meia da tarde, no mictório nacional, imemorialmente entupido, a urina já chegava à porta. Às cinco e meia, voltada para casa.»
Sobre Cavaco Silva:
« É a alma mais desértica que o Ocidente produziu. Nutro por ele um verdadeiro sentimento de horror.»
Sobre Clara Ferreira Alves:
« Fez com dificuldade o antigo 12º ano. Desde 1984 que se diz autora de um romance nunca publicado e é dona de uma coluna ilegível no jornal Expresso.»
Há coisas que só permitimos aos génios!
Hoje acordei a pensar que
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
P. Pedro Arrupe,sj
Estudou medicina, entrou na Companhia de Jesus, foi expulso de Espanha aquando da instauração da República, foi missionário no Japão, seguindo para Roma, onde foi eleito Superior Geral da Companhia.
No Japão vive a maior experiência da sua vida. Às 8h15 minutos o relógio parou... Rebenta a bomba em Hiroshima. Diante de tal catástrofe, arregaça as mangas e dá o melhor que pode, tentando curar os sobreviventes. Isso marcou-o para o resto da sua vida, inteiramente dedicada a Deus, através das pessoas. Afinal, como dizia o P. Arrupe, não se pode dar respostas do passado aos desafios do presente. Deixo uma oração dele que me tem ajudado a perder os medos e a me empurrar para loucura:
Senhor, dá-me o teu amor, que me faça perder a minha "prudência humana" e me leve a arriscar a dar o salto, como S. Pedro, para ir para Ti: não me afundarei enquanto confiar em Ti.
Não quereria ouvir: "Homem de pouca fé, porque duvidaste?". Quantos motivos teológicos, ascéticos, de prudência humana, aparecem no meu espírito e tentam demonstrar-me "sob aparência de bem" com muitas razões humana, que o que Tu me inspiras e pedes é imprudente: uma loucura.
Tu, Senhor, segundo isso, foste "o mais louco dos homens", pois inventaste essa insensatez da cruz.
Senhor! Ensina-me que essa insensatez é a tua prudência, e dá-me tal amor à tua pessoa para que seja eu também outro louco como Tu.
(No blog da minha Comunidade, a Comunidade Pedro Arrupe, desde há uma semana foram publicados pequenos textos/partilhas sobre a vida do P. Arrupe)
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Educação
Autobiografia
Metáfora Universal
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
E agora, São Paulo...
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee,
a tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi de mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelho
e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
afasto o que não conheço
e quem vende outro sonho feliz de cidade
aprende depressa a chamar-te de realidade
porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
da força da grana que ergue e destrói coisas belas
da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
mais possível novo quilombo de Zumbie
os novos baianos passeiam na tua garoa
e novos baianos te podem curtir numa boa."
Tesourinhos por e-mail
Todos os dias temos que beber dois litros de água (sim, e logo a seguir mijá-los, que leva quase o dobro do tempo que os levei a beber).
Todos os dias temos que tomar um Activia ou um iogurte para ter 'L. Cassei Defensis', que ninguém sabe exactamente que porcaria é, mas parece que se não ingeres um milhão e meio todos os dias, começas a ver toda a gente com uma grande diarreia ou presos dos intestinos.
Cada dia uma aspirina, para prevenir os enfartes, mais um copo de vinho tinto, para a mesma coisa. E outro de vinho branco, para o sistema nervoso.
E um de cerveja, que já não me lembro para que era.
Se os tomares todos juntos, mesmo que te dê um derrame cerebral na hora, não te preocupes, pois o mais certo é que nem te dês conta disso. Todos os dias tens que comer fibras. Muita, muitíssima fibra até que sejas capaz de defecar uma camisolona bem grossa.
Tens que fazer quatro a seis refeições diárias leves sem te esqueceres de mastigar cem vezes cada garfada. Ora, fazendo um pequeno cálculo apenas a comer vão-se assim de repente umas cinco horitas. Ah, depois de cada refeição deves escovar bem os dentes, ou seja, depois do Activia e da fibra, os dentes; depois da maçã, os dentes; depois da banana, os dentes. Assim, enquanto tiveres dentes, não te podes esquecer nunca de passar o fio dental, o massajador das gengivas e bochechar com PLAX...
Melhor, amplifica a casa de banho e põe a aparelhagem de música lá, porque entre a água, a fibra e os dentes vais passar muitas horas(quase metade do dia) ali dentro.
Equipa-o também de jornais e revistas para te pores a par do que se passa, enquanto estiveres sentado na sanita, porque com a quantidade de fibra que estás a ingerir, são mais umas horitas diárias.
Temos que dormir oito horas e trabalhar outras oito, mais as cinco que usamos a comer, faz vinte e uma. Restam três horas, isto se não surgir nenhum imprevisto. Segundo as estatísticas, vemos três horas de televisão diárias. Bem, já não podes, porque todos os dias devemos caminhar pelo menos uma meia hora (convém regressares ao fim de 15 minutos, senão andas mas é 1 hora!).
E há que cuidar das amizades porque são como uma planta: temos que as regar diariamente. E quando vais de férias também, suponho, senão as plantas morrem nas férias. Para além disso, há que estar bem informado e ler pelo menos um dos jornais diários e uma revista séria, para comparar a informação.
Ah! E temos que ter sexo todos os dias mas sem cair na rotina:
temos que ser inovadores, criativos, renovar a sedução. Isso leva o seu tempo. E já nem estamos a falar do sexo tântrico!! (a respeito disso, relembro: depois de cada refeição temos que escovar os dentes!)
Também temos que arranjar tempo para a maquilhagem, a depilação/fazer a barba, varrer a casa, lavar a roupa, lavar os pratos e já nem digo, os que têm gatos, cães pássaros e uma catrefada de filhos...
No total, a mim dá-me umas 29 horas diárias, se nunca parares.
A única possibilidade que me ocorre, é fazer várias destas coisas ao mesmo tempo: por exemplo, tomas duche com água fria e com a boca aberta, e assim bebes logo os dois litros de água de uma vez. Enquanto sais do banho com a escova de dentes na boca, vais fazendo o amor, o sexo tântrico, parado, junto ao teu par, que de passagem vê TV e te vai contando o que se passa, enquanto varre a casa.
Sobrou-te uma mão livre?
Telefona aos teus amigos e aos teus pais!
Bebe o vinho e a cerveja (depois de telefonares aos teus pais, vai fazer-te falta!).
O iogurte com a maçã pode dar-te o teu par enquanto ele come a banana com a Activia.
No dia seguinte troquem. E menos mal que já crescemos, porque senão tínhamos que engolir mais umas Cerelacs e um Danoninho Extra Cálcio todos os santos dias.
Úuuuf!
Mas se te restam 2 minutos, reenvia isto aos teus amigos (que temos que regar como as plantas) enquanto comes uma colherzinha de Muesli ou Al-Bran, que faz muito bem...
E agora vou deixar-te porque entre o iogurte, o meio melão o primeiro litro de água e a terceira refeição do dia, já não faço a mínima ideia o que é que estou a fazer porque preciso urgentemente de uma casa de banho.
Ah, vou aproveitar e levo comigo a escova de dentes...»
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
É a força do chefe a que prevalece
Mas eis se não quando, hoje, às 12h, vejo a seguinte noticia em www.diariodigital.pt:
«Os três deputados socialistas eleitos pela Madeira, Maximiano Martins, Jacinto Serrão e Júlia Caré, vão votar a favor da proposta de Orçamento para 2008, na generalidade, disse à agência Lusa fonte da direcção da bancada do PS. (…)
os três deputados do PS/Madeira deverão apresentar uma declaração de voto.»
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Sócrates insulta teatro de revista
Rufus, Mozart, Mendelsohn e Haydn
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Oscar Wilde
O Orçamento de Estado, Santana e a Comunicação Social
A comunicação social perdeu, mais uma vez, uma oportunidade de cumprir o seu papel, deixar de alimentar quem cria factos e informar os cidadãos. Agora que Santana tem jeito para isto tem…
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
sábado, 3 de novembro de 2007
Release the Stars
Quem quer incluir, não exlui
Então, temos que decidir.
Se a escola é só para os que querem estudar, vamos deixar de nos peocupar com o abandono escolar, com o trabalho infantil ou com a marginalidade dos que se viram na rua, sem nada com que se preocupar, na certeza de que a escola está fechada para ele.
Se, pelo contrário, acreditamos nessa ideia da escola inclusiva, da escola como meio de esbater as clivagens geracionais, como meio de promover a igualdade de oportunidades, então a escola não pode bater com a porta na cara dos alunos que deviam lá estar mas que querem sair.
A escola de hoje não pode ser a primeira a abandonar os garotos por muito esforço que isso exija, por muito desperdício que acarrete. Muitos não conseguirão, ainda assim, mantendo as portas abertas, estudar o que deviam. Mas outros, por poucos que sejam, voltam, são aproveitados, e talvez tenham um futuro melhor.
Às vezes, os miúdos faltam porque estão na fase contestatária, ou têm problemas em casa, ou, ou... Então, quando mais precisam, a escola expulsa-os por faltas, sem saber sequer se eles aprenderam alguma coisa que se aproveite. Depois, se calhar já é tarde para lamentarmos os números da exclusão, o melhor é passarmos a orgulharmo-nos das poucas faltas que dão os que sobrarem.
O que não podemos é manter as regras que eram certissimas quando na escola só cabiam os que podiam progredir, e o demonstravam, cumprindo os seus deveres de aluno assíduo e aplicado, e ao mesmo tempo clamar por uma escola inclusiva. Se a escola é inclusiva, não exclui, tenta integrar. Custe o que custar.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Felicidade autoinduzida abortada
A Polícia Marítima recolheu da água e de uma embarcação sem tripulantes 45 fardos de haxixe frente à Ilha de Cabanas, Tavira, mantendo-se uma equipa no local para verificar se há mais fardos na água.