O que é que acontece a um miúdo de 17 anos que é expulso da escola porque faltou vezes demais? Fica na rua a vadiar ou, com sorte,vai trabalhar muito antes do que devia, sem ter as habilitações certas. O que é que acontece a um miúdo de 12 anos que chumba por faltas? Desinteressa-se de continuar a ir às aulas, já está chumbado, é da maneira que falta ainda mais.
Então, temos que decidir.
Se a escola é só para os que querem estudar, vamos deixar de nos peocupar com o abandono escolar, com o trabalho infantil ou com a marginalidade dos que se viram na rua, sem nada com que se preocupar, na certeza de que a escola está fechada para ele.
Se, pelo contrário, acreditamos nessa ideia da escola inclusiva, da escola como meio de esbater as clivagens geracionais, como meio de promover a igualdade de oportunidades, então a escola não pode bater com a porta na cara dos alunos que deviam lá estar mas que querem sair.
A escola de hoje não pode ser a primeira a abandonar os garotos por muito esforço que isso exija, por muito desperdício que acarrete. Muitos não conseguirão, ainda assim, mantendo as portas abertas, estudar o que deviam. Mas outros, por poucos que sejam, voltam, são aproveitados, e talvez tenham um futuro melhor.
Às vezes, os miúdos faltam porque estão na fase contestatária, ou têm problemas em casa, ou, ou... Então, quando mais precisam, a escola expulsa-os por faltas, sem saber sequer se eles aprenderam alguma coisa que se aproveite. Depois, se calhar já é tarde para lamentarmos os números da exclusão, o melhor é passarmos a orgulharmo-nos das poucas faltas que dão os que sobrarem.
O que não podemos é manter as regras que eram certissimas quando na escola só cabiam os que podiam progredir, e o demonstravam, cumprindo os seus deveres de aluno assíduo e aplicado, e ao mesmo tempo clamar por uma escola inclusiva. Se a escola é inclusiva, não exclui, tenta integrar. Custe o que custar.
Então, temos que decidir.
Se a escola é só para os que querem estudar, vamos deixar de nos peocupar com o abandono escolar, com o trabalho infantil ou com a marginalidade dos que se viram na rua, sem nada com que se preocupar, na certeza de que a escola está fechada para ele.
Se, pelo contrário, acreditamos nessa ideia da escola inclusiva, da escola como meio de esbater as clivagens geracionais, como meio de promover a igualdade de oportunidades, então a escola não pode bater com a porta na cara dos alunos que deviam lá estar mas que querem sair.
A escola de hoje não pode ser a primeira a abandonar os garotos por muito esforço que isso exija, por muito desperdício que acarrete. Muitos não conseguirão, ainda assim, mantendo as portas abertas, estudar o que deviam. Mas outros, por poucos que sejam, voltam, são aproveitados, e talvez tenham um futuro melhor.
Às vezes, os miúdos faltam porque estão na fase contestatária, ou têm problemas em casa, ou, ou... Então, quando mais precisam, a escola expulsa-os por faltas, sem saber sequer se eles aprenderam alguma coisa que se aproveite. Depois, se calhar já é tarde para lamentarmos os números da exclusão, o melhor é passarmos a orgulharmo-nos das poucas faltas que dão os que sobrarem.
O que não podemos é manter as regras que eram certissimas quando na escola só cabiam os que podiam progredir, e o demonstravam, cumprindo os seus deveres de aluno assíduo e aplicado, e ao mesmo tempo clamar por uma escola inclusiva. Se a escola é inclusiva, não exclui, tenta integrar. Custe o que custar.
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