segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O primeiro

O primeiro post neste blog (e de resto em qualquer blog) começa com um cumprimento aos demais autores e, como sou um cavalheiro (sim, fidalgo ainda que arruinado) dirijo-me respeitosamente à Moura, a única senhora desta tertúlia, que me habituei a ler desde que o Pedro me falou do Insecto.
A apresentação que de mim foi feita não será a mais clara de todas. Sou de facto jurista mas não odeio a jurisprudência. Acontece que tenho a prudência (lá está) de me afastar das leis e do Direito porque gosto demasiado das letras para as desbaratar com teorias, decretos, leis e códigos. Ambiciono uma carreira de escritor? Bom, na verdade ambiciono muitas outras coisas que não confesso mas escritor não está no topo da minha lista de prioridades. O Pedro, que conheci em grandes tertúlias de capa e batina por ruas e tascas de Coimbra, é um bom fantasista e como tal atribui aos outros os seus reais desejos. Com tamanha imaginação deveria ser ele o escritor mas perde-se agora ao serviço da Nação... (Por falar nisso Pedro, já nos deves a todos uma visita... Quando apareces?)
Tentarei ir escrevendo neste espaço tão plural (como se diz agora) e espero estar à altura dos meus restantes companheiros. Não prometo assiduidade mas estarei presente sempre que tiver alguma coisa interessante para dizer.
Para terminar, deixo uma reflexão de Eça de Queiroz, esse grande homem...
"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse."
Parece que foi escrito ontem, não parece?

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