sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Amor, a serpente, o novo homem, a água. Sem querer constroi-se o Paraíso. Falta a mulher, mas ela já lá estava. Que força esta, a Mulher.


Há dois 2 nomes fundamentais na arte do sec XX. Debussy, Nijinsky. Um revolucionou a forma de escutar a música. O outro, revolucionou a dança. Nijinsky o génio criativo e do corpo incrivel, criou a coreografia e dançou-a, e com ela, um novo mundo, o Homem onde antes só existia a Mulher.


Prélude à l´après midi dun faune fez o resto, uniu isto tudo... faz parte da história do século XX. A fotografia ajuda. Parece que está no Pompidou, aquele que tem um jardim de Miró. Não li o suficiente para perceber o que está lá.


Basta lembrar de alguma coisa, e está lá.
Granda Tube. Para melhorar o estilo.

Let the games begin!




É uma espécie raríssima, só agora encontrada, e endémica de apenas uma região. A outra maravilha, a da Criação, deu-lhe a forma da cobra mais pequena já alguma vez encontrada. De tão pequena, só põe um OVO, quase enorme, comparado com o tamanho da mãe. A explicação para apenas 1 ovo é, se pusesse mais, as crias seriam tão pequenas, que não teriam alimento possível. Foi descoberta no seu habitat natural, onde todas as cobras se refugiam, debaixo de uma pedra, longe do Homem e outros animais que lhe estragam a tranquilidade, numa ilha das caraíbas. Também se acredita que se encontra em vias de extinção. E assim vai o mundo. Dá-nos a beleza para logo nos a retirar. Agora, que o Homem avança para o Polo Norte. Malditos.

De tanto falar no filme, se há alguém que ainda não o tenha visto, e reflectido sobre a sua vida, sobre quem eu apagaria da minha memória? Ou mais do que reflectido, deseje, como forma impossivel de restabelecer um equilibrio perdido...! Eternal Sunshine of the Spotless Mind, além de um dos títulos mais bonitos do cinema tem um Beck num momento de forma gigante.

Everybody´s gotta learn sometimes. Toda a gente ouviu esta música, Beck transforma-a, sem modificar uma gota de sal. Para ouvir aqui.

Ah, népia, não acordei assim. Alguém acordou por mim. Murmurou um ou outro verso e, não foi preciso muito para a encontrar no Tubo. E com ela, recordações. Uma das maravilhas do corpo humano, a memória.
Dear Mr. & Mrs. Zakin

Clementine Kruczynski has had Joel Barish erased from her memory. Please never mention their relationship to her again. Thank you - Lacuna Inc.

E porque é sexta-feira



La Camisa Negra
(Juanes)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fake Sushi

Com a praga de Sushi que há por aí, qualquer dia em vez do "nata", será comum ouvir "um café e um sushi por favor" ...

Reminder RPM

(1) Não embarcar em aventuras, de subir montanhas, sprints, acelerações em subida, etc.
(2) Lembrar que não vou participar no Tour de France nem tão pouco no Tour de Carcavelos.
(3) Não ouvir "I am a woman in love..." em versão electrónica transformada para aula de gym.
(4) Lembrar de não abusar do corpo antes de um dia pesado de work.
(5) Lembrar de passar num matadouro e comprar uma vaca, para os dias em que me eskeço disto tudo. Só me apetece comer e dormir!

Hoje acordei mais ou menos assim...



"Esto no puede ser no más que una canción;
quisiera fuera una declaración de amor,
romántica, sin reparar en formas tales
que pongan freno a lo que siento ahora a raudales.
Te amo,
te amo,
eternamente, te amo.

Si me faltaras, no voy a morirme;
si he de morir, quiero que sea contigo.
Mi soledad se siente acompañada,
por eso a veces sé que necesito
tu mano,
tu mano,
eternamente, tu mano.

Cuando te vi sabía que era cierto
este temor de hallarme descubierto.
Tú me desnudas con siete razones,
me abres el pecho siempre que me colmas
de amores,
de amores,
eternamente, de amores.

Si alguna vez me siento derrotado,
renuncio a ver el sol cada mañana;
rezando el credo que me has enseñado,
miro tu cara y digo en la ventana:
Yolanda,
Yolanda,
eternamente, Yolanda."

Pablo Milanes

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Viagem medieval em Santa Maria da Feira



Santa Maria da Feira volta a ser palco das recriações históricas que vão transportar residentes e visitantes até à Idade Média, mais precisamente ao século XIV, no reinado de D. Dinis, desta vez em época conturbada de perseguição e guerra civil. A não perder, de 1 a 10 de Agosto.
Durante a Viagem Medieval revive-se o quotidiano da época, espreitando a azáfama do trabalho de mercadores e artífices, o entusiasmo dos jogos, o ardor das pelejas e dos torneios e o prazer dos momentos de convívio em ceias e grandes festas, onde domina a música e a dança.
O castelo da Feira é palco de representações da vida quotidiana medieval, proporcionando a convivência com algumas personagens que coabitavam neste espaço, de funções predominantemente militares, mas que, ao mesmo tempo, servia de local de habitação. Dos soldados às lavadeiras, das tradicionais ciganas às varredeiras, dos senhores à criadagem. Este ano, o castelo é também habitado por ordens religiosas e militares - que se refugiam em Portugal depois da perseguição feita por Filipe IV de França com a anuência do Papa Clemente V -, como a Ordem de Avis, Hospitalários ou Ordem de Santiago sem esquecer a Ordem de Cristo (Ordem dos Templários) que paira pelas margens do rio Cáster.

A grande novidade desta edição é a nova recriação do quotidiano numa abadia, no Convento dos Lóios. Logo à entrada do convento, é imprescindível uma visita ao Jardim das Rosas (entrada livre), onde D.Dinis prestou homenagem à sua esposa rainha D. Isabel com a plantação de 700 pés de roseiras.

In Público

Lendo os outros


"BE 

O divórcio unilateral do BE em relação ao seu vereador na Câmara Municipal de Lisboa -- cuja aliança com o presidente do Município teve o acordo oficial do próprio BE -- mostra, mais uma vez, que o BE não se dá bem a governar.
Não há nisto grandes motivos para surpresa. A esquerda radical não deseja nem está preparada para assumir as responsabilidades de governo, nomeadamente os compromissos inerentes à governação partilhada. É da sua natureza. A oposição extremista é mais fácil.
Mas continua a haver quem imagine governos da "esquerda plural", incluindo nomeadamente o BE. A pergunta óbvia é a seguinte: mesmo que aceitasse integrar um governo desses, quanto tempo é que o BE demoraria para "roer a corda"?"

Vital Moreira, in 'Causa Nossa'

A banhos III

Medusa


As marcas que trago no pulso levariam Ahab por esses mares atrás dela. Água-Viva, Caravela em vez de coração.

A banhos II

A banhos I

Saca


Há uma pequena elite, de irredutiveis, que teimam em dominar o Surf mundial. Este fim de semana, um português finalmente furou a Muralha da China que protege estes iluminados. É uma data histórica, Tiago Pires o Saca, ficou em 3º lugar no Rip Curl Pro Search na Indonésia. Bateu e eliminou num heat, apenas a maior lenda do surf, o senhor que ocupa o ecrân do meu pc, Kelly Slater (8x campeão e a caminho do 9). Para o Saca, já bastava ter batido Slater, mas não chegou... e não vai chegar. Este 3º lugar é o primeiro de muitos, e vai inspirar ainda mais. É um dia incrível este.
A foto é tb histórica, foi este tubo que fez levantar os mundos por esse universo.
"There were so many people screaming and cheering, It felt really good. I guess it’s a big deal that no one else had beat him this year, but I’ve been training hard and I hope to be going much further in this event."
Este Joker do Heath Ledger junta-se ao personagem do Bardem no filme dos Cohen No Country for Old Men, juntos compoem os piores vilões da história, aqueles cujo único objectivo é a destruição por si e em si mesma, sem qualquer razão associada. Não lutam por água, terra ou dinheiro, riqueza ou poder.

Talvez precisemos destes vilões, para nos chamar atenção, para a própria dimensão da violência, que os Estados deste Mundo, estão a atingir. Dos Estados Unidos da América, África, Médio Oriente, Ásia - salva-se a Europa e uma América do Sul tranquila - o exercício da força atinge força desmesurada.
Mas mais, o Joker de Heath Ledger, é objecto de devoção e admiração. Agradecemos o dominio da lingua inglesa, esquecemos as legendas e concentramo-nos no exercício do actor enquanto encarnação do mal. Ele enche o ecrân com horror, loucura e maldade. É o melhor do ano, da década talvez do milénio, sem dúvida, do fim de semana!

A banhos

Não são bem umas férias o que temos esta semana mas são, seguramente, uns dias de descanso. 
Fim de semana cumprido. Objectivos delineados alcançados. A saber que a Nortada vingar-se-ia de não ter soprado nos últimos tempos, não fiz planos para surfar. Fiz planos para - vegetar e ver Tropa de Elite e o Batman - The Dark Knight.

O vegetanso, correu bem, ganhando os filhos dos amigos, que encontram em mim o Homem Plástico, mutante que se transforma em trampolim, base de pirâmide humana ou carrocel em movimento, obrigando-me a acompanhar a energia inesgotável dos putos.

Grande o impacte de Tropa de Elite no Brasil. Maior com certeza, do que o anterior favelado Cidade de Deus. Mexe mais com a consciência social. Mistura a classe média e privilegiada nas favelas, e uma frase, simples, duas vezes repetida, "não temos noção de quantas crianças são postas na rua por causa de um baseado*".
Batman - The Dark Knight é o encontro com o super-heroi que proporciona as maiores aventuras visuais do cinema. É menos o Batman e mais o Joker. É menos um filme de Super-herois, e mais a subida aos céus e a descida ao inferno, de cada um daqueles 5 personagens centrais do filme. Distancia-se em alguns pontos do imaginário bd e recria-se numa Obra ao negro. Filme de culto.

* charro

domingo, 3 de agosto de 2008

Deve ser por estar longe mas deu-me para pensar nisto

Integrar um grupo é uma coisa fantástica. Ser parte, ter o seu espaço mas não estar sozinho, acompanhar o ritmo ou deixar que um avance a abrir caminho, puxar o que fica distraido e logo seguirem todos, satisfeitos por estarem juntos. Mesmo sem repararmos, com sorte integramos vários grupos ao mesmo tempo, como se fossem círculos que às vezes se interceptam outras se afastam, e nós a mudar em cada um, a adaptarmo-nos a cada conjunto de acordo com o que procuramos dentro dele e o que nos dispomos a dar.
Só na solidão há liberdade completa, e mesmo assim estamos sujeitos às leis da natureza, comer quando temos fome, dormir quando o cansaço impõe, enfim, a sobrevivência de um ser. Nos grupos, por pequenos que sejam ou por mais livre que seja a sua génese, a nossa liberdade individual, o nosso impulso, tem sempre, com mais ou menos amplitude, que olhar as regras que permitem que o grupo subsista como tal. O melhor que pode acontecer é que as regras nem tenham que ser formuladas, cada um apreende sozinho o que deve ser feito para que se progrida em comunidade, por instinto, quando se trata de interesse próprio, ou por amizade, quando não se quer magoar ninguém, ou simplesmente por respeito, quando se sabe o que é que pode ou não trazer problemas aos que partilham do mesmo núcleo.
É muito interessante verificar na blogosfera este fenómeno de agregação e as suas regras, talvez porque muitos dos grupos que se formam não tenham em princípio outro cimento que a vontade de escrever, de exprimir opiniões ou de conversar sem tempo nem hora. Mas estes espaços de quem procura a liberdade também têm os seus códigos de funcionamento, tal e qual como outros grupos quaisquer, mesmo que ténues, mesmo que apenas adivinhadas, mas têm, e é isso que lhes permite crescerem e ganharem também a confiança de quem os lê. Cada blogue tem um diálogo não escrito entre os seus membros, tal como tem com os seus habituais leitores e comentadores, que o procuram pela sua identidade, pelo espírito que revelam, tal como quando se visita um lugar em vez de outro porque é aí que nos sentimos bem.
Um blogue é um espaço de liberdade, escreve-se quando apetece, o que muito bem se entende, com quem se aceitou integrar o mesmo espaço, e é esse sentido de grupo em liberdade que os torna tão atraentes e tão variados. Mas que têm que ter algum sentido como grupo, por muito informal que seja, isso têm, senão são apenas um espaço esfarrapado de onde se passeiam vaidades e se expõem fraquezas.

sábado, 2 de agosto de 2008

Verão em Lisboa


Exposição 'Lisboa 1758 - O Plano da Baixa Hoje', 
Páteo da Galé, Terreiro do Paço.

Você



"Você, que tanto tempo faz,
Você que eu não conheço mais
Você, que um dia eu amei demais
Você, que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você, que já não diz pra mim
As coisas que preciso ouvir
Você, que até hoje eu não esqueci
Você que, eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade, aqui em mim
Você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou!"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O Príncipe

2 conclusões sobre o comunicado de ontem:
(1) Cavaco Silva estava zangado;
(2) Estava muito bem preparado e fundamentado, foi um Cavaco no auge do "nunca me engano e raramente tenho dúvidas".

De facto, a única razão que o levou a interromper as férias, e bem, muito bem mesmo, foi para dizer a alguns senhores que, é ele quem manda e não podem, nem passar por cima do PR nem andar a fazer o que bem lhes apetece (embora os votos dos Açores lhes fizessem imenso jeito, só assim se explica a aprovação de um texto carregado de inconstitucionalidades).

Foi um Príncipe quem ontem apareceu na tv.

O nosso jornalismo

O Dn tem um artigo hoje, onde enaltece as medalhas ganhas pelos Estados Unidos e, a supremacia perante a União Soviética, depois a CEI e hoje a Russia. O autor do artigo terá ido talvez, até à tabela de medalhas que qualquer um acede via web.
"A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) é o grande rival histórico dos EUA. Desmantelada em 1991, com a perestroika de Gorbachov, o total de medalhas dos soviéticos não é nem sequer metade da dos norte-americanos."
Pois, não é, mas historicamente, se houve alguma coisa boa na Guerra Fria, foi na ciência e no desporto, cada um dos países a tentar superar ou outro, perante o mundo, na conquista do espaço e de medalhas. Até 1952, a Russia teve mais de 40 anos sem participar nos Jogos. Não é preciso dizer mais nada, para anular este artigo.

E porque é sexta-feira...

Rock DJ
(Robbie Williams)

Lendo os outros III

"Outra Coisa - 2

A comunicação de Cavaco teve pelo menos o mérito de recordar a mediocridade geral que vigora no parlamento da República. O "estatuto" do Sr. César possuía oito inconstitucionalidades e mais dois ou três disparates pseudo-autonómicos. Deixaram-nas ficar para ver se passavam. Foi aprovado por unanimidade. Não se esqueçam. Unanimidade. Se fosse o "estatuto" do Jardim, o que é que estas falsas virgens comentadeiras não diriam."

João Gonçalves, in Portugal dos Pequeninos

Lendo os outros II

"Comunicação presidencial

Ao contrário da opinião dominante, entendo que a questão do Estatuto dos Açores não é uma questão de lana caprina. Era necessário que o Presidente pusesse termo à inaceitável complacência com que até agora os presidentes da República têm pactuado com todos os excessos autonomistas.
(...)"

Vital Moreira, in Causa Nossa

Lendo os outros

"O pretexto dos Açores

Não creio que Cavaco tenha falado sobre os Açores. Ou melhor, até falou dos Açores. Como mero pretexto para outras mensagens.
A primeira, para deixar bem entendido que já tinha chamado a atenção, a quem de direito, para o facto e não foi ouvido. Para o facto e para outros factos.
A segunda, para deixar bem entendido que a Assembleia da República não pode vogar ao sabor do oportunismo de ocasião, já que o Presidente acabou de promulgar disposições agora contrariadas no diploma em apreço.
A terceira, para deixar bem entendido que o apoio institucional e até a colaboração activa que vem mantendo com o Governo exige reciprocidade.
Cavaco, pretextando falar sobre os Açores, falou da actuação do Governo e do futuro, para deixar bem entendido que as suas opiniões sobre as opções governativas têm que ser levadas em séria linha de conta. Falou com solenidade e ritual, para melhor se fazer perceber.
Como se esperaria, e pelo que já ouvi, comentadores houve que nada entenderam. Ou, tão enfeudados ao Governo, que nada quiseram perceber.
Nada de estranho; por isso é que são comentadores oficiais!..."

Pinho Cardão, in 4R

quinta-feira, 31 de julho de 2008

E porque já chega de coisas sérias e é verão


"Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!"

Tempo de Antena II


"Entendo que é perigoso para o princípio fundamental da separação e interdependência de poderes, que alicerça o nosso sistema político, aceitar o precedente, que poderia ser invocado no futuro, de, por lei ordinária, como é o caso do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, se vir a impor obrigações e limites às competências dos órgãos de soberania que não sejam expressamente autorizados pela Constituição da República.

Semelhante prática desfiguraria o equilíbrio de poderes, tal como este tem existido, e afectaria o normal funcionamento das instituições da República. É por isso que considero ser meu dever alertar os portugueses."

Comunicação ao País do Presidente da República
(para ler na íntegra AQUI)
(imagem: Luís Catarino)
As amizades não se fazem de equívocos.

Vamos nos vendo por ai

Caros Amigos,

Participar num blog colectivo é uma experiência formidável. Partilhar ideias, pequenos momentos e prazeres da vida é muito bom, mais ainda quando os meus colegas de escrita são grandes amigos. Mas também tem o reverso da medalha: quando os nossos colegas de blog têm ideias e formas diferentes de estar na vida, às vezes são tão grandes que me impossibilitam de continuar nesta casa. Não tolero ameaças, prepotências, rasgos de autoridade e inúteis sentimentos de posse...

Assim sendo, agradeço a todos os que tiveram a paciência de me ler e comentar o que escrevi.

Espero que se tenham divertido tanto quanto eu. Obrigado pelo vosso apoio.

De qualquer forma, como disse um dia Santana Lopes «estarei por ai».

Hoje termina a minha colaboração no O. Insecto.

Obrigado :)

Morrer de Amor

"Acho que um dia destes vou morrer de amor também. Se eu morrer cedo não fiquem tristes, assim de uma forma mais bizarra, é porque morri de amor. Se Deus existir valia a pena existir só para isso, para que nós pudéssemos morrer de amor e depois haver o paraíso e lá poder encontrar a bela amada. Por mais absurdas e violentas que possam ser, acho que algumas coisas valem a pena. é aquela máxima: mais valem 30 anos intensos do que 70 em que nada nos acontece. Estou sempre a ver se me acontecem coisas. Há quem ache isto uma provocação tola. Pode ser, mas gosto de fazer as minhas revisões da matéria e perceber. Gosto do lugar do outro."

Valter Hugo Mãe em entrevista ao DN,
para ler AQUI

Lendo os outros

BWIN 31 da Armada
Afinal o que vai dizer o presidente?

a) Anunciar a dissolução da assembleia
b) Anunciar que o país está numa grave crise económica
c) Alertar para a importância da utilização de protector solar
d) Os cuidados a ter com crianças nas piscinas
e) Anunciar a contratação de Luis Garcia

publicado por Rodrigo Moita de Deus às 17:06, in 31 da Armada, http://31daarmada.blogs.sapo.pt/

Super-Homem



Steven Redgrave, 5 participações em JO, aos 18 anos ganha a primeira medalha de ouro. Repetirá o Ouro mais 4x, a última com 38 anos. Nem todos nascemos, com condições fisicas excepcionais, estes braços dedicados à Natação poderiam alcançar semelhante sucesso, mas... enfim, pode-se tentar. É este o exemplo destes comuns imortais. Na Antiguidade Clássica eram celebrados para a eternidade em estátuas, não é difícil imaginar Redgrave numa.


Em 1984 - JO LA, andava um outro ser excepcional por aí, Michal Gross, chamavam-lhe o Albatroz de Offenbach, com uma envergadura de braços de alguns 3mt! Foram os meus primeiros Jogos. Anos tristes esses para o desporto, 4 anos antes, em Moscovo, em plena Guerra Fria, os EUA e outros países boicotaram os Jogos. Nos de LA, foi quase o bloco de leste em peso a fazer o mesmo.

Tempo de Antena


O Presidente da República vai falar hoje ao país, às 20h00, a partir de Belém numa comunicação oficial que será transmitida pelas televisões.

Ópio do Povo


Este Sábado deslocamo-nos em massa a Alvalade, para assistir ao jogo de apresentação da Super Turma Fantástica, daquela Equipa Maravilhosa, que é a Nossa Fé... e mal podemos esperar para ser Campeões, já estou a ver a cena...
Hoje paguei por dois pães pequenos, 75cent. Tudo bem, se não viesse com os preços do fim do mundo na cabeça. Por lá, uma sandwiche custa o valor dela - 60cent. No continente, há com certeza custos que pagamos, externalidades como poluição, a má educação das pessoas quando nos atendem, os alimentos plastificados para durar mais, claro que sim... tudo isto custa dinheiro, talvez o dobro ou mais.
Ontem, passeei por Lisboa, do Cais do Sodré à Rua Nova do Almada, via praça do Munícipio. Aquela hora, eram centenas as pessoas, a maioria caminhava de cabeça baixa.
Bem, tou quase a ir almoçar, enfim, insisto em sentar-me 30m a ler o jornal e comer uma sopa, para além dos kgs de comida que trago todos os dias. Esta sopa, custa só 1,75cent. Eu axo que anda tudo maluco.
Quando trabalhava no Chiado, subia e descia a colina, mais 4 vãos de escada, para aterrar num sitio fixe, em plena Rua do Alecrim, no instituto de macrobiótica (talvez seja este o nome), almoçava bem por 3€ e tal.
Talvez os especialistas, encontrem aqui um traço qualquer, é difícil para mim fixar nomes, muitas vezes, até do livro que ando a ler.



Quando finalmente li o "on the road", axei grande desilusão. Devia ter ficado pelo mito.
A propósito de Kerouac, há uns anos (89), apareceu um grande filme Field of Dreams. Nele, recuperava-se por uma cena ou duas, a figura do escritor, mito de uma geração, que nunca o quis ser. Se não viram, vão atrás! Trata de Sonhos.

Vale a pena ver de novo


Três irmãos que não se falam desde a morte do pai decidem fazer uma viagem de comboio que atravessa a Índia para recuperarem os laços familiares quebrados e se reencontrarem. Mas a "busca espiritual" de Francis, Peter e Jack vai descarrilar rapidamente e eles vão parar ao meio do deserto, com onze malas e uma série de contas a ajustar com a vida. Neste país onde não conhecem nada, começa então uma outra viagem, preenchida com ricos imprevistos, uma verdadeira odisseia, que trará de volta a amizade e a fraternidade... ou talvez não.
"The Darjeeling Limited", novo filme de Wes Anderson e novo olhar sobre uma família disfuncional e peculiar (a rever "Os Tenenbaums" e "Um Peixe Fora d'Água"), é protagonizado por Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman e conta ainda com as participações de Bill Murray e Anjelica Huston.

De: Wes Anderson
Com: Owen Wilson, Adrien Brody, Jason Schwartzman
EUA, 2007, Cores, 91 min.

Cinema Nimas
Sala 1
14h, 16h30, 19h, 21h30

À espera de Godot

"(...)
Classificando o seu processo de afastamento como "um misto de Kafka e de Beckett", entre o "absurdo e o totalitário" de "contornos preocupantes", Carlos Fragateiro disse estar hoje convicto de que a sua demissão estava decidida desde que José António Pinto Ribeiro tomou posse da pasta da Cultura, em Fevereiro último, sucedendo então a Isabel Pires de Lima, que nomeara o encenador em Janeiro de 2006.

Nestes seis meses, recordou, "fui duas vezes ao Ministério da Cultura (MC) e duas vezes fui confrontado com assessores". "Sem resposta" ficaram também os pedidos de audiência que endereçou. "Senti-me à espera de Godot, que, como sabemos, nunca apareceu. Um ministro que nunca recebe, que não mostra o mínimo interesse em falar com uma instituição de referência sob sua tutela como o D. Maria II, que de resto nunca visitou, será isto normal?" "A sorte", considerou, "é que a Cultura tem actualmente um peso muito pequeno em termos governamentais, pelo que, felizmente, este ministro poderá fazer muito pouco mal à Cultura"."

quarta-feira, 30 de julho de 2008