in, Violeta, António Lobo Antunes
segunda-feira, 30 de abril de 2007
in, Violeta, António Lobo Antunes
domingo, 29 de abril de 2007
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Lendo os outros (a propósito de Carmona Rodrigues e daquela autarca do BE - a única - cujo nome não me ocorre mas que também é arguida num processo)
quarta-feira, 25 de abril de 2007
Dia da Liberdade
terça-feira, 24 de abril de 2007
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Geralmente, quase nunca renunciamos às nossas origens ou, pelo menos, mesmo que se renuncie, não nos esquecemos delas. É isto que tem acontecido com este Governo, se de esquerda já tem pouco, quanto aos métodos esses mantêm-se intactos e idênticos aos utilizados lá mais para leste…
domingo, 22 de abril de 2007
sexta-feira, 20 de abril de 2007
As directas
O Dr. Ribeiro e Castro esquece-se do essencial e independentemente da nossa opinião sobre a forma e os meandros do regresso do Dr. Portas, há coisas que não podemos esquecer:
- Quem fez crescer o CDS em número de votos e deputados
- Quem levou o CDS para o arco da governabilidade e fê-lo integrou dois Governos;
E o mais importante:
Que contribuiu para a eleição do Dr. Ribeiro e Castro como Eurodeputado.
É normal que em período de campanha se extremem posições e discursos, mas há que ter alguma noção da realidade dos factos, ou pelos menos é preciso que alguém os lembre.
Muito bem escrito e cirúrgico
Muito menos alterar critérios noticiosos consoante a opinião política dos jornalistas. O facto (por demonstrar) de este Governo ter um "rumo" e "coragem" para o prosseguir não o exime do escrutínio público, nem pode ser visto como um impedimento à liberdade de informação.»
Constança Cunha e Sá no Público de 19/04/2007
Chuva
quinta-feira, 19 de abril de 2007
Um pouco mais de azul
quarta-feira, 18 de abril de 2007
E não param a conquista dos meios e/para controle da informação
Deputado do PS deixa cargos partidários para integrar administração da Media Capital»
Só quero que nos contes a nós,
O resultado dos nossos odores num só característico.
O que és de formas, a tua voz
Só a oiço, não a escuto. O que pensas que és não está comigo.
Porque o que me dás escondo. Abstraio-me e retiro o escondido.
Deixa-me receber-te como quem tem,
Uma paisagem à sua frente,
Contemplá-la no que é, sem histórias de quem por lá já passou.
Assim eu não penso noutras coisas, assim ninguém mente.
Estamos tu e eu, sem pensamentos por ai
Porque eu só quero pensar em ti.
Se me contasses o que te constitui,
Quando eu estivesse contigo,
Estaria a pensar se o teu pensamento,
Palmilhava nesse outro lembrar sentido,
Em vez de estares a pensar apenas em mim
E eu só quero pensar em ti.
de Tomás Rabaçal
(orgulhosamente meu sobrinho)
2 (mil?) Anos de Vida
Investigações...
Estudar, rezar, pesquisar sobre novos lados de encontro com Deus tem-me ajudado a não embarcar em todos os argumentos, ou até mesmo descobertas, sobre a Vida (ou morte) de Jesus que vão surgindo. Escrevo Vida, com “V” maiúsculo, porque desde a sua vida relacional, social, à vida propriamente dita muito se tem escrito e falado. E, a meu ver, nalguns casos, bastante mal. Recentemente, a propósito da eventual descoberta do túmulo de Jesus, tenho tido bastantes conversas que me levam a perceber o quanto é fundamental um estudo da Teologia séria. Vejo que a busca da espiritualidade está a aumentar, mas ao mesmo tempo surgem informações científicas (?) que tentam eliminar a crença religiosa. Um paradoxo curioso.
Eu não posso estudar Teologia a partir de um romance, de um filme ou de um documentário. Além do mais quando querem, numa hora ou numa centena de páginas deitar abaixo 2000 anos de História, pesquisas, crenças, é de desconfiar. Não esquecendo ainda na mesma História, a quantidade de pessoas que deram a vida por uma causa, que não é apenas uma teoria, em situações concretas na entrega total pelos outros, para que a humanidade se tornasse (e torne) mais humana. Se Jesus tivesse sido um mero homem, com umas capacidades especiais, há muito que já não haveria cristianismo. É preciso olhar com seriedade para os Evangelhos e perceber toda a mensagem que está por detrás de toda uma História de Salvação que culminou com uma morte, seguida pela Ressurreição. Claro que estudar a fundo estas coisas, para a maioria das pessoas, pode-se tornar uma “seca”, não há pachorra. É mais fácil seguir argumentos que “facilitam” a vida. Além do mais há uma vontade imensa de sobrevalorizar o ser humano, tornando-o deus, de modo a que tenha todo o poder. Para quê? Para destruir, em nome da construção da humanidade, controlando outros seres humanos que não conseguem atingir o mesmo grau de poder?
O poder de Deus encarnado em Jesus, que morreu e ressuscitou, é outro completamente diferente (*). É um poder de entrega e acolhimento pelo outro que mais precisa. Ficar na alta esfera da intelectualidade e/ou da investigação científica tentando arrumar a mensagem de acolhimento bastante prática, que não se fica por meras teorias, perde todo o sentido. É verdade que nós, Igreja, ao longo dos tempos não abonámos muitos com as imagens de Deus e do próprio Cristo que fomos propondo, mas na actualidade, mais do que criticar por criticar, há que estudar, escutar, para depois, com toda a seriedade fazer uma critica com sentido.
De facto, eu não posso tecer qualquer comentário sobre economia, quando não percebo nada da área. Hoje em dia comenta-se bastante Teologia, tendo-se por detrás da argumentação uma catequese que se ficou pela “primeira comunhão”, ou então que se fica pelo que se lê num jornal, num romance, ou se vê num documentário.
(*) No "Mistério(s)..." explorei um pouco mais sobre este tema.
terça-feira, 17 de abril de 2007
Há quem considere uma noticia positiva
«A cinco dias da primeira volta
O fim do partido comunista francês»
Travelling Light
segunda-feira, 16 de abril de 2007
O meu jardim é um cão
sábado, 14 de abril de 2007
sexta-feira, 13 de abril de 2007
Mistério
O fim das minhas ambições políticas...
Este episódio provou que o Primeiro Ministro é, no mínimo, um homem previdente que, ao longo dos anos, se tem feito acompanhar de toda uma panóplia de documentação que não servindo para nada, serviu para tudo nestes dias conturbados. Previdente, este Sócrates...
Dois anos a dar música
"Tatuagens"
"Tatuagens"
Em cada gesto perdido
Tu és igual a mim
Em cada ferida que sara
Escondida do mundo
Eu sou igual a ti
Fazes pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
Pintas o sol da cor da terra
E a lua da cor do mar
Em cada grito da alma
Eu sou igual a ti
De cada vez que um olhar
Te alucina e te prende
Tu és igual a mim
Fazes pinturas de sonhos
Pintas o sol na minha mão
E és mistura de vento e lama
Entre os luares perdidos no chão
Em cada noite sem rumo
Tu és igual a mim
De cada vez que procuro
Preciso um abrigo
Eu sou igual a ti
Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar
Em cada grito afundado
Eu sou igual a ti
De cada vez que a tremura
Desata o desejo
Tu és igual a mim
Faço pinturas de sonhos
E pinto a lua na tua mão
Misturo o vento e a lama
Piso os luares perdidos no chão
Jorge Palma, "Tatuagens"
"A canção de Lisboa"
As conversas sempre iguais
Os horóscopos, os signos e ascendentes
Mais a vida da outra sussurrada entre os dentes
Os convites nos olhos embriagados
Os encontros de novo adiados
Nos ouvidos cansados ecoa
A canção de lisboaNão está só a solidão
Há tristeza e compaixão
Quando sono acalma os corpos agitados
Pela noite atirados contra colções errados
Há o silêncio de quem não ri nem chora
Há divórcio entre o dentro e o fora
E há quem diga que nunca foi boa
A canção de lisboa
Mamã, mamã
Onde estás tu mamã
Nós sem ti não sabemos mamã
Libertar-nos do mal
A urgência de agarrar
Qualquer coisa para mostrar
Que afinal nos também temos mão na vida
Mesmo que seja a custa de a vivermos fingida
O estatuto para impressionar o mundo
Não precisa de ser mais profundo
Que o marasmo que nos atordoa
Ó canção de lisboa
As vielas de néon
As guitarras já sem som
Vão mantendo viva a tradição da fome
Que a memória deturpa e o orgulho consome
Entre o orgasmo e a gruta ainda fria
O abandonado da carne vazia
Cada um no seu canto entoa
A canção de lisboa
Jorge Palma, "A Canção de Lisboa"
UNI
Quem ganha com um Primeiro-Ministro fraglizado? O Presidente da República? A oposição? Alguma facção do PS?
Gostaria de saber.... e mais perguntas não faço não quero que me acusem, por escrever num blog, de andar por ai a lançar boatos!
quinta-feira, 12 de abril de 2007
UNI
Casos de familia
It´s all about money
Espero agora não ser traído.
Neste momento, soa tudo a ajuste de contas à moda do Independente.
Se o processo parece pouco transparente,
fiquei mais convencido que o processo que as universidades privadas usam,
é que será pouco transparente. Não é estranho, as universidades precisam de dinheiro, sabem que têm de facilitar.
Snobismo
Somos um país que nunca apostou na Educação, esta estava circunscrita, salvo raras excepções, à classe burguesa e por aí acima.
A partir da vaga cavaquista, abertura de universidades a torto e a direito, filhos considerados menores, chegaram lá ao alto, uma vez lá em cima, sim sou dr.!
Os outros, para não se confundirem, passaram a repudiar o anterior privilégio, é possidónio dizem, dr. são os médicos.
Somos um país que sempre abusou ridiculamente do título académico. Só quem não viaja, não se apercebe da pequenez da coisa do dr. em todo o lado. Quando acabei a licenciatura, o meu banco, enviou-me um cartão de débito com o Dr. lá bem expresso. Cinquenta mil cartões perdidos depois, apesar de pedir sempre que retirem a coisa, ela lá está.
Reforme-se o país não o timoneiro!
Há muita gente por aí, à espera do momento de se vingar. Mas quem quer vingar-se, fá-lo indevidamente. Não quer vingar Santana. Quer vingar-se de o partido coligado ter sido apanhado na enxurrada.
O que já se percebeu, mas parece coisa de pouca importancia, é que ambos os partidos na altura, mereciam que se lhes desse uma reguada e os pusesse na rua por mau comportamento. Como não foi suficientemente forte, 2 anos depois, ei-los de volta.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
terça-feira, 10 de abril de 2007
O Injustiçado
A cicuta de Sócrates?
Coração de Leão
UNI
segunda-feira, 9 de abril de 2007
O Quereres
Para ti,
olho só
para ti, lá fora
para o teu cabelo em equilíbrio quando atravessas a estrada
no jeito sinuoso de quem vence o vento
ou quando no estado termo do teu sono te encontro no meu peito
às vezes há coisas que nunca digo e espero que não morram
como se dize-las fosse quebrá-las, roubar-lhes magnificência
há coisas que não digo, mas nunca esqueço:
a casa que são as tuas mãos, a tua mão sobre a minha
os teus olhos a chamarem-me, o teu sorriso a invadir-me
perguntas em que penso e eu digo penso em nada
como se o nada cobrisse a mente e o pensamento de quem ama
como se o nada fosse maior do que o nada em que o mundo se torna
não quero dizer
não quero dizer todas as imagens
ou todos os tons da tua voz que ainda não sei como escrever
não sei escrever as tuas mãos
não posso escrever as tuas mãos
não posso escrever o teu beijo.
Tânia Serra, guardado
172 minutos de pura insanidade...
domingo, 8 de abril de 2007
Porque há coisas que vale a pena ler e voltar a ler:
O problema não é a licenciatura real ou imaginária de Sócrates, mesmo sendo ele primeiro-ministro. Há por ai muito licenciado, doutor e professor que não sabe ler e escrever. O problema é que o gabinete do primeiro-ministro e o próprio primeiro-ministro se permitem telefonar para as redacções com o fim explícito e confesso de influenciar o que a televisão e a imprensa dizem ou não dizem. E o problema também é o de saber se o gabinete do primeiro-ministro e o próprio primeiro-ministro ficam por aqui ou se a seguir telefonam a quem paga a televisão e os jornais. Pior ainda: o verdadeiro problema está na hipótese, cada vez mais provável, de que o Governo tem uma “política de informação”, o que sempre e em toda a parte significou uma “política para controlar a informação”.
Existe ainda outro ponto inquietante. Desde o princípio que a “comunicação social” foi, em grosso modo, favorável a Sócrates. Mais do que favorável, adulatória. Em parte espontaneamente e em parte por mérito da propaganda do Governo, a televisão e a imprensa participaram com entusiasmo no culto da personalidade do homem. Produto obscuro do aparelho do PS e sem obra política que se apresentasse, Sócrates passou de repente do zero ao estatuto beatífico de salvador da Pátria. Era corajoso, determinado, decidido. Era o reformador, a autoridade, o grande herói da esquerda e da direita. Mas parece que nada disto lhe chega. Sócrates não suporta a crítica. Não ocorreria a Soares, nem a Cavaco, nem a Guterres, nem sequer a Barroso discutir as férias, qualquer espécie de férias, com um jornalista. Ocorreu a Sócrates. Porquê? Porque manifestamente toma a sério a imagem pública que lhe criaram.
O que não é inofensivo. Não por acaso, Augusto Santos Silva, que tutela (notar bem: tutela) a “comunicação social” e que nunca deu provas de um particular amor pela liberdade, prepara um novo Estatuto dos Jornalistas, que prevê penas disciplinares para quem desagradar à Comissão de Carteira (exactamente a solução de Hitler) e estabelece regras de absoluta arbitrariedade. A coisa, claro vai tarde ou cedo rebentar na cara do sr. Silva e do Governo. Para não falar na de Sócrates. Mas não deixa de ser triste que o partido de Mário Soares se torne agora no partido da repressão e da censura (embora indirecta), que o estatuto do Sr. Silva inevitavelmente inaugura. Espero que nem Mário Soares nem Jorge Sampaio assistam em silêncio a esta miséria.»
Vasco Pulido Valente in Público, 6 de Abril de 2007.
sábado, 7 de abril de 2007
For the Children of Yesterday, Today and Tomorrow
Não relembraram a beleza e a graça de saltar à corda, de jogar à cabra cega ou de namoriscar à socapa num banco do jardim. Não ouviram a história do morcego embalados pela voz de um adulto que voltou a ser criança, deitado no chão, agarrado ao livro mas a pensar que era o esquilo a libertar o sol dos ramos da arvóre que não o deixavam subir e iluminar a terra.
Ao ver aquele espectáculo, voltamos a ser crianças, como ontem, como ainda julgamos às vezes ser hoje, como gostaríamos de continuar a ser amanhã.
Uma beleza. Só visto.
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Mind the gap
Sócrates e a Universidade Independente
terça-feira, 3 de abril de 2007
Vamos para o campo
«Stress está a acabar com sexo nas cidades
Pressão familiar e profissional são fatais. 30% dos casais chineses de meia-idade já desistiram de ter relações sexuais e 45% dos homens sofre de disfunção eréctil».
Vamos para o campo antes que seja tarde demais? Vou organizar um autocarro a sair amanha as 6 da manha do Campo Grande, quem vem?
O.Insecto leu e gostou
Por isso - e só por isso -, já ia sendo tempo de embalarmos a condescendência e avisarmos a personagem que a sua presença é absolutamente ausente da civilidade que é o primeiro pressuposto do próprio debate democrático."
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Os Grandes portugueses I
Tudo ou nada
Nem o suave crepitar da lareira só em brasa me retém o pensamento. Voa com as asas da fadista até Goa, voa desvairado até se fixar naquele instante, naquela igreja, onde ouvi a Kátia a rezar cantando o fado Nossa Senhora das Dores. Uma tarde quente, a luz lá fora a romper a penumbra no templo, as nossas almas suspensas da música em pura emoção.
Oiço-o aqui e estou lá. A música ligando dois pontos no infinito, o poema a imaterializar-nos, a desprender-nos a alma, a voz a misturar a vida até isolar apenas aquele momento, dando à memória o sopro mágico da realidade.