"cru-a Tendências e comportamentos urbanos" é a nova revista portuguesa on line, da autoria de Ricardo Galésio, com um grupo de colaboradores muito diferenciado e muito interessante. Vale a pena ir dar uma espreitadela, saiu agora o 2º número. Aqui fica um texto interessante, de Sara Toscano, que se pode ler na revista:
"Sempre gostei de brincos.
E de ouvir: que bem que te ficam ou qualquer outro elogio que a bijutaria sugere: realçam-te os olhos ou o topázio citrino faz-te mais oriental.
O acessório de moda sempre foi para mim, só isso: um suplemento.
E porque me importa que entre mim e os meus colares seja eu quem se evidencia, no dia em que me disseram só que lindos os teus brincos partiram-me o coração: o elogio excluía-me. É o que faz o design: autonomiza os objectos, dispensa-me como a interlocutora de um estilo de moda ou de uma tendência da estação. Os brincos, lindos, são quem fala.
Foi com Frida Kahlo Chewing Gums que a bijutaria me superou.
Afinal, que feitiço é este chamado design? E que design é este chamado Frida Kahlo Chewing Gums?
Frida Kahlo Chewing Gums é isso: uma amálgama mastigada de tudo o que há no mundo que se possa converter em design e em acessórios que, no fundo, não são nada secundários: uma guache vazia, conchas apanhadas na praia durante o serviço militar na marinha, uma tarde de mau humor, um rosário, uma piada.
A pintora Frida Kahlo é uma inspiração e um impulso: torcer, moldar e recuperar as tristezas e miudezas que acontecem na vida. Usar o ornamento para traduzir algum confronto interior ou uma nuvem simpática que desliza no céu. Reconverter arames, sementes, moedas, negativos, contas de um colar partido da irmã, tudo criado através da reciclagem absoluta de acontecimentos e coisas.
Quando os objectos deixam de ser estéticos para serem histórias é como se arrebitassem. É improvável que não falem, que não conversem. Aliam-se-nos como companheiros, nunca como rivais.
Estes acessórios vêm da Grécia. Por medida. Fazem-se em casa. Combinam o lixo com a loja, o resto com o excesso. E são únicos.
Envie uma história, uma frase, uma fotografia e receba esse momento ou o seu conto convertido num acessório de design de desperdício. Porque se as histórias da nossa vida são bem mais do que acessórias, os acessórios da nossa vida não devem ser menos que isso… histórias. " frida.chew@yahoo.gr
E de ouvir: que bem que te ficam ou qualquer outro elogio que a bijutaria sugere: realçam-te os olhos ou o topázio citrino faz-te mais oriental.
O acessório de moda sempre foi para mim, só isso: um suplemento.
E porque me importa que entre mim e os meus colares seja eu quem se evidencia, no dia em que me disseram só que lindos os teus brincos partiram-me o coração: o elogio excluía-me. É o que faz o design: autonomiza os objectos, dispensa-me como a interlocutora de um estilo de moda ou de uma tendência da estação. Os brincos, lindos, são quem fala.
Foi com Frida Kahlo Chewing Gums que a bijutaria me superou.
Afinal, que feitiço é este chamado design? E que design é este chamado Frida Kahlo Chewing Gums?
Frida Kahlo Chewing Gums é isso: uma amálgama mastigada de tudo o que há no mundo que se possa converter em design e em acessórios que, no fundo, não são nada secundários: uma guache vazia, conchas apanhadas na praia durante o serviço militar na marinha, uma tarde de mau humor, um rosário, uma piada.
A pintora Frida Kahlo é uma inspiração e um impulso: torcer, moldar e recuperar as tristezas e miudezas que acontecem na vida. Usar o ornamento para traduzir algum confronto interior ou uma nuvem simpática que desliza no céu. Reconverter arames, sementes, moedas, negativos, contas de um colar partido da irmã, tudo criado através da reciclagem absoluta de acontecimentos e coisas.
Quando os objectos deixam de ser estéticos para serem histórias é como se arrebitassem. É improvável que não falem, que não conversem. Aliam-se-nos como companheiros, nunca como rivais.
Estes acessórios vêm da Grécia. Por medida. Fazem-se em casa. Combinam o lixo com a loja, o resto com o excesso. E são únicos.
Envie uma história, uma frase, uma fotografia e receba esse momento ou o seu conto convertido num acessório de design de desperdício. Porque se as histórias da nossa vida são bem mais do que acessórias, os acessórios da nossa vida não devem ser menos que isso… histórias. " frida.chew@yahoo.gr
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