[Secção coisas de nada] Entrei no gabinete e olhei o horizonte. Mesmo repetido, cada dia é diferente. O silêncio interior, no deserto que liberta, abre-nos perspectivas. Em “O Amigo do Deserto”, de Pablo D’Ors, a personagem principal desenha em cada dia o deserto que vê da sua janela. Todos os desenhos são diferentes. O mesmo se passa connosco quando nos escutamos no silêncio: sendo nós os mesmos, as mesmas, há diferenças no sentir, no viver, no conhecer, no amar. Com o passar do tempo nesta aprendizagem de vida a compreender que somos inacabados em caminho, ganhamos serenidade ante o que é. E liberdade, sem julgamentos precipitados. Estamos muito marcados por supostos disto e daquilo, bombardeados de expectativas nossas e de outros. O silêncio ajuda a tranquilizar tudo isso, de modo a chegar ao concreto, do hoje, do presente, que abre possibilidades de horizonte, em amor e serviço, que se renovam em cada dia.
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