quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Olhar sobre algo, de forma atenta



De surpresa, uma amiga que já não vejo há muitos anos, ofereceu-me um conjunto de fotografias antigas. Escolho esta em particular. Ao colo da minha mãe parece que fito algo, de forma atenta. Ou não. Pode ter sido o instante do clique da fotografia. É isso, fez-me pensar sobre o instante. Nestes dias ando a voar em perguntas mais existenciais. Isto do nascer, do viver e, sim, do morrer. Perceber o instante que tudo absorve, do ridículo ao mais profundo, do banal ao extraordinário. Um gesto arrogante pode transformar-se em dádiva se encontro a autenticidade que impede imposições. É isso, a verdade salva. Não a intelectual, mas a de existência. E sem muitos mais atributos, recordando a imagem e semelhança, a partir daquele que me ama primeiro, posso dizer com simplicidade: eu sou. Tudo o resto torna-se periférico… a partir do olhar sobre algo, de forma atenta. [Muito Obrigado, Ivone!]

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