Diana Ringel [na aula de hoje]
Sigo no trabalho de perder-me. Ou de perder o medo em perder-me. Para tal, arriscar a entrar em caminhos, ou movimentos, desconhecidos de mim. Os movimentos meus acabam por estacionar e impedir possibilidades de compreensão. “Escuta o desejo do corpo. (…) Vai por onde a sociedade rejeita: a humildade, o feio, o imperfeito.” Comecei a enrolar-me, a incorporar a deficiência, o limite, a vergonha, a sensação de rejeição, acabando num paradoxo: o atrofio libertador. Regressei a casa, presidi à Missa. A homilia foi o silêncio… evocando o rosto dos rejeitados, aqueles especialmente amados por Deus.
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