terça-feira, 8 de outubro de 2013

Há dias que não dá para ser profundo.



Michael Wolf

(Versión en español en los comentarios)


Há dias em que não dá para ser profundo. Não dá e ponto final. Apetece dormir até mais tarde, sem preocupações de horários e cumprimentos de normas sociais. Onde não há pachorra para tanta frase-feita, para usar máscaras de “sou feliz, muito feliz, mas muito feliz mesmo”, que quando tiradas dizem “não me chateies”. Aprendi a dar espaço e tempo. Algumas vezes, quando impedia alguém de chorar, estava a evitar as minhas próprias lágrimas. E há lágrimas que têm de sair... é preciso saber acompanhá-las. Sim, há dias que não dá para ser profundo.



3 comentários:

  1. Hay días que no es posible ser profundo.

    Hay días en que no es posible ser profundo. No es posible y punto. Apetece dormir hasta más tarde, sin preocupaciones de horarios y cumplimientos de normas sociales. Donde no hay paciencia para tanta frase-hecha, para usar mascarillas de “soy feliz, muy feliz, pero muy muy feliz”, que cuando sacadas dicen: “no me molestes”. He aprendido a dar espacio y tiempo. Algunas veces, cuando impedía alguien de llorar, estaba a evitar mis propias lágrimas. Y hay lágrimas que tienen de salir... es necesario acompañarlas. Sí, hay días que no es posible ser profundo.

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  2. Verdade Paulo. Nunca soube impedir as minhas lágrimas de correr, não sei usar máscaras. Andar assim sempre tão exposta ao mundo também cansa...e por isso me recolho e também eu por vezes preciso de tempo, de espaço. Como tu, somos humanos afinal...tão diferentes e tão iguais:)

    jinhoooossssss (espero que esteja tudo bem contigo!)

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    1. Querida Suri,

      Obrigado pela visita. Sim, está tudo bem! :)
      Ontem pelo facebook, depois de ter recebido algumas mensagens "preocupadas", esclareci que estou bem. Os meus posts reflectem o meu pensar e sentir como resultado da leitura e escuta da realidade, em que muitas vezes, parece-me, não se olha para coisas básicas que muitos passam(os) e não se fala (ou por medo, ou vergonha, ou...). Como não gosto de reflexões que possam resultar etéreas, se se proporciona, escrevo algo de cariz mais pessoal, em jeito de partilha ou testemunho, que tenha vivido.

      Beijinhossss. A ver se te escrevo com calma. ;)

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