domingo, 2 de novembro de 2008

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«Sinto-me envergonhado ao ver o primeiro-ministro do meu país a desempenhar o papel de vendedor de banha da cobra numa cimeira de chefes de Estado e de Governo. De cada vez que a cena passa na televisão, sinto vontade de me enfiar num buraco. A cena revela falta de sentido de Estado, falta de bom senso e falta de vergonha. Não é verdade que – como ele diz – o computador «Magalhães» seja um produto genuinamente português e, ainda menos, ibero-americano. Mas, mesmo que o fosse, um mínimo de pudor deveria ter impedido o primeiro-ministro de vestir a pele de um vulgar promotor de vendas de um produto comercial que está bem longe da excelência. Para o engenheiro José Sócrates, a ausência de oposição à altura e de alternativa credível, em Portugal, convenceu-o de que tudo lhe é permitido aquém e além-mar – por cá, na Europa e na América Latina – sem medo de que o ridículo dê cabo dele.»

Alfredo Barroso in Sorumbático
via Portugal dos Pequeninos
(foto: Kaos)

2 comentários:

  1. Anónimo13:46

    " O Magalhães é como o Tintin, é dos 7 aos 77 anos" e " Os meus acessores usam todos o Magalhães" foram algumas das pérolas que vi e ouvi na dita Cimeira.
    Quando sabemos que só a "caixa" é made in Portugal, porque o "miolo" é tecnologia norte-americana, é no mínimo patético.
    LB

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  2. Muito gratos(s) pela referência ao Sorumbático. Infelizmente, o «Portugal dos Pequeninos» não publicou os 2 últimos parágrafos, onde se diz:

    -

    De facto, não há situação mais lamentável do que aquela em que se encontra o PSD. Num país de comentadores «politicamente correctos», ainda não apareceu quem tenha coragem de apontar a dedo as medíocres prestações políticas da doutora Manuela Ferreira Leite, fazendo como o miúdo daquela velha história d’ «O Rei vai nu».

    No fundo, o engenheiro Sócrates é como o computador «Magalhães»: está longe da excelência e não é genuíno, mas podem atirá-lo ao chão que ele nunca se parte.

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