A dona Fernanda Câncio é intrinsecamente estúpida

Tenho pouca paciência para fundamentalismos. Sejam de que espécie forem. Para criticar um acto abjecto como é a morte por apedrejamento de uma mulher islâmica acusada de adultério numa qualquer aldeia da Somália, a dona Fernanda Câncio resolve desfiar um conjunto de banalidades e de frases feitas. É comum na criatura e não surpreende. Mas não contente com isso, depois de explicar que o Islão isto e o Islão aquilo, tem que vir a pedrada na Igreja Católica. A dona Fernanda Câncio não percebe que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. E não compreende que é tão fundamentalista na sua cruzada de ateísmo como os fundamentalistas que apedrejam mulheres na Somália. Porque vai ao ponto de dizer que as religiões são um foco de miséria e infelicidade. Se perdesse um bocadinho de tempo (e da sua soberba) a tentar descobrir a mensagem de cada uma das religiões que tanto critica, perceberia que há muito mais do que estereótipos e frases feitas. Que as religiões já existiam antes de a dona Fernanda Câncio achar o que quer que seja. E que vão continuar a existir depois da dona Fernanda Câncio desaparecer. E que as pessoas que compreendem as mensagens dos seus Deuses são felizes por acreditarem. E que existem muitas formas diferentes de ler uma mesma mensagem. O pluralismo que a dona Fernanda Câncio tão afanosamente apregoa também se constrói de respeito pelas crenças dos outros.