Há dez anos foi inaugurada a Expo 98. Um acontecimento que fez agitar as águas do marasmo nacional. Estava bom tempo, ao contrário de hoje. Entre os muitos pavilhões figurava a obra arrojada de um dos mais arrojados arquitectos portugueses, apreciado aqui e em toda a parte. O Pavilhão de Portugal, com a sua pala suspensa. Todos os outros edifícios importantes construidos para a Expo tiveram um destino, após o seu final. Menos o pavilhão de Siza Vieira que pelo Parque das Naçõs ali queda, triste, como um navio fantasma no meio dos oceanos.
Já teve alguns destinos previstos, até ser sede da presidência do governo, mas nada se decidiu. Podia ser um museu, ter abrigado a Colecção Berardo sem desvirtuar a finalidade do CCB. Podia. Mas não foi nem é. Nada. O Pavilhão de Portugal, com a sua pala que parece desafiar a utopia, poderia ser a imagem desejada do País. Mas tal como Portugal que desafiou, em tempos, o impossível, ficou parado no tempo das suas passadas glórias. Triste destino.
Podia ser um ex-líbris da contemporaneidade portuguesa. É apenas o melhor símbolo da mentalidade portuguesa...
ResponderEliminarCasino já temos, porque não um Bingo ?