sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

D. Carlos e D. Luís Filipe - in memoriam


Com todo o respeito que me merece quem pensa diferentemente, mas sem trair, por quaisquer conveniências, o que sou e o que penso, não poderia deixar de assinalar que neste dia, há cem anos, assassinaram um Chefe do Estado e o seu herdeiro, em nome da liberdade e de um regime que se pretendia messianicamente salvador da Pátria. Não foi um tirano que foi baleado, mas um Rei liberal, de uma Monarquia Constitucional, que cometeu o erro de querer regenerar o regime nas mãos de partidos de interesses mais ou menos inconfessáveis. Não foi um criminoso que foi abatido, mas um príncipe herdeiro, na flor da idade, que já se exercitara ao serviço da Pátria e cometera o crime de poder vir a suceder a seu pai e o defendeu a tiro, contra a canalha sectária e assassina, para quem a vida humana nada valia.

Neste dia, como português e como monárquico, honro a sua memória. Neste dia, como democrata, repudío os que em nome de uma falsa liberdade, homenageiam os criminosos, calam a sua condenação e lavam as mãos como Pilatos,do sangue derramado.

2 comentários:

  1. Não sou monárquica e acredito que a República é a melhor forma de Governo para Portugal. Mas subscrevo tudo o que aqui diz, apesar de não se poder tirar os actos, por terríveis que sejam, do seu contexto histórico e civilizacional.

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  2. Muito obrigado Moura pelo seu comentário, mas lembro-lhe que o contexto histórico e civilizacional para um crime político é o mesmo que envolveu o assassinato de Kennedy ou, mais recentemente,o de Benazir Butho. Para já não falar em Sidónio Pais ou em António Granjo e outros ilustres fundadores do regime. Nós é que estamos habituados, de há várias décadas para cá aos "brandos costumes" e achamos que atingimos um alto grau civilizaciona. Até ver.

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