Há 2008 anos houve uns reis magos, muito ricos e poderosos, que fizeram um árduo e longo caminho, só guiados por uma estrela, para ir adorar um humilde menino. Era esse o seu objectivo, para Ele convergiram, por Ele sairam dos seus palácios e a Ele ofereceram riquezas e submissão. Quantos reis magos haveria hoje capazes de trilhar esse caminho, ainda que com melhores estradas, com aviões particulares, com confortáveis hotéis onde ficar até ao destino? Quantos levantariam os olhos para estranhar o aparecimento de uma estrela no céu e lhe procurar o sentido?
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A sua reflexão deixou-me a pensar, querida Moura. E vou mais longe do que isso... Quantas 'Marias' haveria dispostas a acreditar na Anunciação? Quantas ouviriam o Anjo com o seu coração e quantas controlariam as gargalhadas com tamanha revelação? E quantos estábulos se abririam para os acolher na noite de Natal? E quantos pastores iriam até ali para adorar a criança? Quantos de nós acreditariamos mesmo que era o Messias a criança deitada numa manjedoura? Quantos de nós acreditam que na probreza pode nascer o Rei dos Reis? Receio que muito poucos...
ResponderEliminarMuitos parabéns por mais este excelente texto, cara Moura, feliz regresso à escritora dos contos que nos tocam a alma.
ResponderEliminar;)))
Conta a historia que existiu um quarto Rei Mago, originário da Persia, chamado Artaban. Este rei, segundo a história, era possuidor de um carácter afável, uma mente de sábio e o coração manso de um sonhador. Na sua corte habitava um astrólogo que foi seu mestre e lhe preparou o espírito para a profecia estrelar, da vinda do Messias e da visita dos 3 reis magos, assinalada pela passagem do cometa. Artaban, decidiu encontrar-se com os 3 reis e seguir o cometa, a fim de visitar o conhecer o rosto do filho de Deus, para isso foi-se preparando e juntando algumas pedras preciosas, que tencionava levar de presente.
Chegando o sinal anunciado, Artaban partiu com destino ao encontro com os outros reis, mas pelo caminho encontrou no deserto um mendigo moribundo. Movido pelo seu coração, Artaban ficou a tratar o homem durante uns dias, o que fez com que se chegasse atrazado ao local do encontro, dali por diante, Artaban foi sempre chegando atrazado aos locais onde esperava encontrar Jesus, mas em todos esses locais encontrou e ajudou pessoas que sofriam e às quais foi ajudando com a sua disponibilidade e as joias que tinha destinado para oferecer ao Messias. Passados 33 anos, Artaban chegou a Jerusalem, no dia em que Cristo fora crucificado. Quando lhe contaram quem tinha sido aquele homem e o que tinha feito pela humanidade, Artaban percebeu que tinha chegado novamente atrazado, mas desta vez a sua jornada tinha terminado, pois o Salvador estava morto e pensou - Falhei na missão da minha vida.
Nesse momento ouviu uma voz que lhe disse: Ao contrário do que pensas, encontráste-me durante toda a tua vida. Eu estava nu e tu vestiste-me. Eu tive fome e tu deste-me de comer. Eu estáva preso e tu visitaste-me. Eu estáva em todos os pobres do caminho.
Muito agradecido por todos os presentes de amor!
É sempre bom que surja uma voz de Belém, que de algum modo indique o caminho e transmita algum conforto aos pobres que cada vez em maior número se vão encontrando pelos caminhos!
Tenho de perder o habito de assistir às películas de Alfred Joseph Hitchcock... é que no fim, perco-me entre a ficção e a realidade...