O ramo de rosas vermelhas chegou na véspera do casamento. Soube imediatamente que eram dele, adivinhou-lhe a perversidade do gesto e o cinismo da mensagem.
Leu o cartão com raiva e desprezo. Leu as letras agudas que lhe juravam amor no momento em que decidia seguir sem ele. “-Vou esperar por ti. Vou seguir-te sempre.”
Rasgou o cartão e separou as rosas.
Deitou-as fora uma a uma, desfazendo a sua cor mentirosa e destruindo a sua arrogância.
Guardou a última, intacta, numa caixa plana e deixou-a no fundo de uma gaveta com o que não queria levar consigo.
Se algum dia a memória se apaziguasse, aquela rosa havia de lembrar que, em tantos anos, o único momento em que ele soube dizer que a amava foi quando viu que a tinha perdido para sempre. Que houve um momento em que ele soube dizer que a amava. Que houve um momento em que ele soube. Que houve um momento. Que houve.
Leu o cartão com raiva e desprezo. Leu as letras agudas que lhe juravam amor no momento em que decidia seguir sem ele. “-Vou esperar por ti. Vou seguir-te sempre.”
Rasgou o cartão e separou as rosas.
Deitou-as fora uma a uma, desfazendo a sua cor mentirosa e destruindo a sua arrogância.
Guardou a última, intacta, numa caixa plana e deixou-a no fundo de uma gaveta com o que não queria levar consigo.
Se algum dia a memória se apaziguasse, aquela rosa havia de lembrar que, em tantos anos, o único momento em que ele soube dizer que a amava foi quando viu que a tinha perdido para sempre. Que houve um momento em que ele soube dizer que a amava. Que houve um momento em que ele soube. Que houve um momento. Que houve.
Sem comentários:
Enviar um comentário