segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

de Jorge de Sena

Diz-me devagar coisa nenhuma, assim como a só presença com que me perdoas esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim que o dizes. E os destinos vivem-se como outra vida. Ou como solidão.
E quem lá entra? E quem lá pode estar mais que o momento de estar só consigo?

Diz-me assim devagar coisa nenhuma: o que à morte se diria, se ela ouvisse, ou se diria aos mortos, se voltassem.

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