[Secção coisas de nada] Os ventos de final de tarde coreografam as folhas secas de tília pelo chão. E ele ali estava, quase perfeito. Pensei: o amor é um lugar de espera. Acomoda-se a observar os movimentos de toque e a escutar conversas de alma, mais subtis ou profundos. Diverte-se em sorriso sorrateiro com os fogos de artifício das paixões que interrompem os passos quotidianos, aflorando pelo corpo as hormonas que revitalizam a vida. Ainda assim, nessa espera, sabe que pode perder. Todas as perguntas fazem sentido, sobretudo quando já passou por muito. Sendo lugar de espera, sabe que os ventos agitam as árvores. As que têm raízes fortes fortalecem a amizade entre a terra e o céu. E as pequenas folhas vão formando desenhos no caminho.
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