[Secção pensamentos soltos] Às pessoas participantes de um retiro ou formação pergunto o nome e pelo menos uma qualidade. É muito curiosa a reacção geral (tanto do grupo que pergunto, como dos muitos grupos a que tenho perguntado):
- Ui, que difícil!; nem sei!.
- Seria mais fácil se eu perguntasse os defeitos?
- Aí dava-lhe uma lista.
- Pois, que isto de dizer as qualidades provoca o receio de alguém dizer “presunção e água benta, cada um toma a que quer”.
Além das gargalhadas, apresento a constatação:
- A realidade de estarmos numa sociedade mais marcada pelos defeitos que pelas qualidades. No entanto, Deus não nos dá defeitos. Deus dá-nos dons, qualidades, talentos, que nos levam a ser luminosos e a dar sabor à vida de quem nos circunda. Se ficamos centrados nos defeitos, o que acaba por acontecer é entrar em competição. Se constatarmos, aceitarmos, trabalharmos e pormos a render as qualidades, naturalmente avançamos para a colaboração.
Como escutamos na passagem do Evangelho de hoje: “Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.” [Mt 5, 13-6]
Hajam qualidades. Hajam Luz e Sal de humanidade.
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