domingo, 12 de maio de 2019

Bom Pastor e mãos.




[Coisas na vida de um padre com pensamentos soltos em dia do Bom Pastor] Sempre gostei muito de mãos. A evolução biológica da mão permite dos gestos mais grossos como os mais finos. Com as mãos damos, recebemos, seguramos, suportamos, chamamos, escrevemos, teclamos, abençoamos e, no caso dos padres, consagramos. Também podem ser o fim de impulsos agressivos, onde com elas se pode magoar muito, estando abertas ou fechadas. Por isso, gosto de pensar que a grande decisão é, antes de mais, de deixarmo-nos cuidar pelo Bom Pastor. Afinal, como nos diz o profeta Isaías, tem cada um dos nossos nomes tatuados na palma da mão. É para aí que olha, recordando que somos carne da Sua carne. Mesmo que se possa rejeitá-lo, por questões culturais ou intelectuais, achando que é “coisa de fracos”, de “ópio”, ainda assim, olha para a mão e afága-a, tocando nesse nome único que cada um de nós tem. Imagino-O e olho para a minha mão. Foi um dia ungida para amar. Sim, em muitos gestos aproximo-me desse ser pastor que cuida. No entanto, ainda tenho momentos em que a fecho dando azo mais ao mal-dizer que ao abençoar (de raíz significa bem-dizer). Neste dia, em que vivi Baptizados, Primeiras Comunhões e Profissões de Fé, pedi ao Bom Pastor para que me ajude a ser cada vez mais à Sua semelhança de mãos abertas… convidando outros a sê-lo também.

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