terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Silêncio, o filme




Fotograma do filme Silence Movie, de Martin Scorsese

Vi o Silêncio. A última vez que senti o que vivo pelo corpo foi na Ordenação de padre. O cansaço da intensidade, talvez possa designar assim. Ainda não estou capaz de intelectualizar sobre aquelas mais de 2 horas e meia que passaram sem tempo de demora. O filme pode falar da dúvida de fé. Saio de lá com a clara sensação de adensar-me ainda mais a fé… em Deus que baralha todos, mas todos os meus esquemas. No ano em que terminei a licenciatura em Teologia, fui a Manresa, onde Sto. Inácio de Loiola teve a visão do Cardoner, percebendo a expansão e universalidade de Deus. À conversa com um Companheiro, falava-lhe das minhas dúvidas, inquietações, gostos e irritações com a Teologia. Disse-me: “Paulo, a vida espiritual é como a subida ao Everest. Temos todos os guias, como a Bíblia e os Exercícios Espirituais, até um determinado momento. Aí, nesse preciso momento, mais ninguém nos pode acompanhar à subida ao cume. Estão nas nossas mãos a morte, a vida e a Vida.” Ainda não estou, nem pouco mais ou menos, nesse momento na chegada ao cume, no entanto, com humildade, acrescento… nas nossas mãos estão a morte, a vida, a Vida e o Amor. E hoje compreendi mais um pouco o Amar de Jesus até ao extremo… em Silêncio.

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