quarta-feira, 10 de junho de 2015

Pátria Lusitana




Passei pela UNESCO. Sabia que estaria a bandeira portuguesa hasteada ao lado da das Nações Unidas. Vi-as a flutuar e comovi-me. Esta coisa do símbolo tem que se lhe diga. Em mistura de saudade, angústia, orgulho, nem sei. Por mais que se fale de globalização, as raízes são sempre de terra nossa. Mesmo que esteja de certo modo em caos, onde por influência de (des)valores corre-se riscos de perder identidade de língua e de gesto. Como portugueses temos garra, sim, nessa vontade de ir longe… mas, depois, há momentos que nos mirra a crise de auto-estima e ficamos presos à superficialidade do medo, do cómodo ou da eterna queixa, fazendo pouco para mudar. Em tempos o mar foi a nossa ida, hoje parece-me ser o infinito do Céu, sem esquecer a força da pátria, nesse amor Luso que nos faz acolher. Já o escreveu Fernando Pessoa: “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu.” 

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