domingo, 22 de fevereiro de 2015

Na última fila da Igreja



Bruce Dale


[Ainda na sequência do post de ontem sobre o “estar na Missa”] Apercebo-me que há pessoas que se sentam por opção nos bancos do fundo da Igreja. Muitas na última fila mesmo, independentemente se grande parte das filas da frente estão quase sem ninguém. A tendência será criticar pela negativa, mas parece-me que aqui deve de haver respeito por essa decisão. Sim, numa ou noutra vez, quando a Igreja tem pouca gente, já pedi, com toda a liberdade, para se aproximarem. Mas só mesmo em situações muito pontuais. Parece-me que a escolha do lugar está ligada à relação que se tem com o altar, com Deus, com a comunidade. Foram algumas as missas em que me sentei na última fila, sobretudo em tempos em que a minha relação com Deus não vivia os melhores momentos. Mas estava lá, sim, por perceber que a zanga que se possa ter é sempre mais fraca que o amor d’Ele por cada um de nós. Por isso, respeito muito a decisão das pessoas na escolha do lugar.  E, claro está, como padre, se me sinto muito incomodado com esta situação, terei de pensar no que faço para me tornar mais acolhedor e perceber que o tempo e o espaço entre as pessoas e Deus podem passar por muitos momentos. Lá está, evitar ao máximo o julgamento e multiplicar o gesto de acolhimento. 

2 comentários:

  1. Anónimo10:39

    Será que a escolha dos primeiros e últimos lugares também não poderá ser vista à luz da parábola do fariseu e do publicano?

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