segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Em dia da Vida Consagrada




Mafalda Ribeiro


Há dias “skypei” com a Mafalda. Entre partilhas sérias, sobre a relação com Deus e sobre a vida, houve momentos de gargalhadas. Acabou por tirar esta foto, em que estou no meio de uma estupidez. ;) Enviou-ma. Hoje, ao pensar na loucura que é a vida consagrada, achei digna para partilhar um pouco dessa loucura que em mim também existe. De facto, a vida religiosa provoca admiração, inquietação, dúvidas, rejeição, indiferença, humor. Daqui a uns dias teremos o Carnaval e de certeza que se encontrará alguém vestido de freira (mais ou menos louca) ou de frade bem “apessoado” com bochechas de vinho. Nós, religiosos, somos dados à caricatura. ;) Sou dos que acha que está a dar-se uma mudança no modo de ser religioso na actualidade. Estamos mesmo a ser convidados pelo Papa Francisco a reflectir sobre isso ao longo deste ano, especialmente dedicado à Vida Consagrada. Continuamos a ter algo a dizer ao mundo, não tanto na crítica ou separação, mas a ajudar a mostrar a cada pessoa: és mais do que pensas! Mas é preciso ser padre ou freira para isso? Sim. Pela especificidade da nossa entrega total de vida a Deus, somos chamados a dar Esperança… no estar, na escuta, na luta pela justiça, sobretudo dos que são rejeitados pela sociedade. E em vez da imagem da freira louca ou do padre comilão (haja criatividade ;) ), teremos o exemplo de alguém com quem dá gosto estar, porque à semelhança de Deus, tenta amar a pessoa tal como ela é.

Sem comentários:

Enviar um comentário