Paraj Shukla
A fé: podemos vê-la em jeito de caminho, de peregrinação, que vai modificando o nosso olhar e o nosso viver ao longo dos tempos. Não é a mesma de ontem e esperemos que não seja a mesma de amanhã. No entanto, como nos diz S. Paulo, é a fé que nos justifica, neste sermos filhos de Abraão… que caminhou, confiou, num abandono que teve perguntas e provas.
É mais fácil cumprir, ser o certinho, ao jeito do filho mais velho, na parábola do filho pródigo. Contudo, sabemos que a Carta aos Gálatas apela à liberdade. [S. Paulo é forte nas suas palavras.] Não significa tudo fazer, mas perceber que o caminho de encontro com Deus implica muito mais que o cumprir, como alívio de consciência. Não se faz uma apologia da rebelião, mas, sabendo que nem todos viveram (d)a Lei, percebe-se que a fé, que cada qual tem ao seu modo, é o passo do Encontro com Deus. Antes do “fez ou não fez”, é preciso ajudar a pessoa a descobrir-se como pessoa amada. Sim, a fé e o amor vão de mãos dadas… junto com a esperança, num Cristo que expulsa o que nos divide com o dedo de Deus. Podemos errar, podemos falhar, mas temos sempre a certeza que antes da nossa fé em Deus, há sempre a Fé de Deus em nós.
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