“New born human” de Lynn Johnson
[A homilia de hoje, cá em casa] Um dos desafios presente na relação com Deus é o de crescer: na fé, no pensar e, sobretudo, no serviço. Se crescemos, ajudamos os outros a crescer. Isso é o passo para viver a missão de vida que nos é confiada. Como nos diz S. Paulo, todos recebemos o dom em Cristo. Em primeiro lugar o da vida, que nos permite descobrir, precisamente, a missão que nos é confiada. E não há missões melhores ou piores, sendo mesmo de evitar categorias onde uns são mais importantes que outros. O “subir” de Cristo, ou de cada um de nós, implica o descer às entranhas e perceber que não se trata de estar acima ou abaixo de alguém, mas de estar na verdadeira disponibilidade de serviço a todos. Como dizia o Papa Francisco no discurso de encerramento do recente Sínodo: “o Papa não é o senhor supremo, mas o servidor supremo”. Se nós, para citar S. Paulo, podemos ser chamados de apóstolos, ou evangelistas, ou pastores, ou mestres, tal é “para o aperfeiçoamento dos cristãos em ordem ao trabalho do ministério e à edificação do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus”. Ora, para isso, é necessário que ajudemos as pessoas a crescer, a pensar, no fundo, a conduzi-las à liberdade que impede que sejamos crianças inconstantes, submetidos de forma ingénua a todas as correntes ou doutrinas humanas que conduzem à dependência.
Se vivemos a caridade (atenção, não é “caridadezinha”), temos a certeza de estar a pôr em prática o serviço em nome de todos, partindo ao encontro sobretudo dos que estão mais frágeis para os levantar e ajudar a crescer. Recordando sempre: não há uns que são mais pecadores que outros… ainda mais quando estamos diante de Deus que dá sempre mais uma oportunidade de encontro. Isto na exigência de nos pormos em crescimento, para dar o fruto que somos chamados a dar.
É isso, um dos desafios da relação com Deus é o de crescer: na fé, no pensar e, sobretudo, no serviço.
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