sábado, 25 de janeiro de 2014

Fui praxado. Praxei.



Faculdade de Motricidade Humana - Lisboa: Fui praxado (1998). Até fui o Mister Caloiro. Praxei (1999/2000/2001). PGA - Portugália Airlines: Fui praxado (2000). Praxei (2001/2002/2003). Faculdade de Filosofia - Braga: Fui praxado (2005). Praxei (2006/2007). Fui afilhado. Fui padrinho. Fui caloiro. Fui “doutor”. Em todos os momentos conheci muita gente e fiz amigos que continuam até hoje. Sempre vivi a praxe como momento de encontro. Vi gente frustrada, a aproveitar o momento para desabafar-as-mágoas-da-vida-ao-jeito-de-vingança, mas vi muitas pessoas com vontade de integrar e acolher, com muito riso à mistura. Enquanto praxei nunca permiti que um caloiro se sentisse rebaixado. Se porventura fazia cara de mau, rapidamente se aliviava com a “melancia gorda gorda”. Assisto com tristeza ao que se passa em Portugal… mais uma vez resultado da degradação da educação. Abusa-se. Resultou mais uma vez em mortes e, ao jeito mafioso, no silêncio de estremecer almas. Tenho pena de quem faz da praxe o vómito-das-frustrações-pessoais. Agradeço a quem ajuda o(a) caloiro(a) a ser gente. Rezo pelas famílias, pelos “doutores”, pelos caloiros.

4 comentários:

  1. Anónimo19:51

    Caro Paulo, uma curiosidade: depois de ter passado por áreas de estudo tão diferentes (e até de trabalho), como descobriu ou foi descobrindo a sua vocação?..Boa semana! S.

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    1. S. essa pergunta dá para muitos "posts"... ehehe!!

      Fui descobrindo, ou melhor, percebendo qual a vocação na vida (tal como ainda hoje acontece). Ok, a vocação está lá, mas depois há as vocações dentro da vocação... ehehe!

      Quando tinha 5 anos já dizia que queria ser padre. Mas foi uma ideia que rapidamente se dissipou, aos 7, quando fugi da catequese... ai a rebeldia em mim. :) Quando tinha 15 morreu uma grande amiga e aí Deus entrou de fininho na minha vida. Fiz a minha 1.ª Comunhão aos 16. Aí já começavam a surgir "inquietações"... mas "não, isso não é para mim, que quero ser veterinário". Entretanto, não entrei em Veterinária e sim, em Ergonomia. Anos depois, concorri à PGA e entrei. Fui Comissário por 3 anos. Nesses anos, passei pela fase New Age, estive num grupo de Jovens e depois conheci os jesuítas. Numa peregrinação bateu mesmo forte... "que quero para a minha vida?". Percebi que tinha de dar um passo mais. Estive um ano a pensar nisso... até que nuns Exercícios Espirituais, mais vocacionais, foi claro. Estava na praia e passa um avião. "Deixa-o ir que já não te pertence". ;) [Obviamente estou a resumir MUITO ehehehe]. E decidi entrar na Companhia de Jesus, para ser padre. Foi já cá que estudei Filosofia. Daqui a uns meses serei ordenado...

      E, claro, vou descobrindo a minha vocação. Como escrevi num post há uns dias atrás: que quero da minha vocação? Que o outro seja! :)

      Boa Semana!! :D

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  2. Anónimo23:57

    Pode me recomendar alguma leitura para que possa perceber melhor o que são os jesuítas? Grata

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    1. Aconselho o romance "Cavaleiro das duas bandeiras", muito bem documentado, escrito por um jesuíta, Pedro Lamet, sobre a vida de Inácio de Loiola, o nosso fundador:

      http://www.fnac.pt/O-Cavaleiro-das-Duas-Bandeiras-Inacio-de-Loyola-PEDRO-MIGUEL-LAMET/a62733

      Depois, também pode visitar duas páginas:
      www.jesuitas.pt

      www.essejota.net

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