"O ESTADO DE SÓCRATES"
A minha empregada doméstica teve recentemente mais um filhote, o Rafael. Hoje de manhã deslocou-se à "segurança social" porque está à espera - e porque muita falta lhe fazem quaisquer euros a mais por muito poucos que sejam - que a dita lhe pague o famoso subsídio de maternidade tão apregoado, entre outros "abonos" com destaque para o "de família", pelo admirável líder desde Espinho ao parlamento, passando pelas barraquinhas de inauguração de metros de auto-estradas e nas televisões. Pois bem, a funcionária, apesar da minha empregada ter referido as vezes que já ouviu "o sr. Sócrates" falar na coisa, sorriu e disse-lhe que nem não há nada "em concreto" (tem de esperar) muito menos "impressos" que é logo a primeira lembrança da burocracia: os velhos "papéis" que o "simplex" não derrotou. É este, como escreve o António Ribeiro Ferreira, o "Estado de Sócrates". Uma farsa grotesca defendida por meia dúzia de serventuários políticos ainda mais grotescos. Seriam cómicos se isto não caminhasse a passos largos para a tragédia.
A minha empregada doméstica teve recentemente mais um filhote, o Rafael. Hoje de manhã deslocou-se à "segurança social" porque está à espera - e porque muita falta lhe fazem quaisquer euros a mais por muito poucos que sejam - que a dita lhe pague o famoso subsídio de maternidade tão apregoado, entre outros "abonos" com destaque para o "de família", pelo admirável líder desde Espinho ao parlamento, passando pelas barraquinhas de inauguração de metros de auto-estradas e nas televisões. Pois bem, a funcionária, apesar da minha empregada ter referido as vezes que já ouviu "o sr. Sócrates" falar na coisa, sorriu e disse-lhe que nem não há nada "em concreto" (tem de esperar) muito menos "impressos" que é logo a primeira lembrança da burocracia: os velhos "papéis" que o "simplex" não derrotou. É este, como escreve o António Ribeiro Ferreira, o "Estado de Sócrates". Uma farsa grotesca defendida por meia dúzia de serventuários políticos ainda mais grotescos. Seriam cómicos se isto não caminhasse a passos largos para a tragédia.
João Gonçalves in Portugal dos Pequeninos
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