«A presença de Cavaco em Belém, com a sua solenidade e o seu provincianismo, não serviu para nada. Não atenuou, como por exemplo a de Soares, a óbvia prepotência do Governo PS ou sequer protegeu quem lhe resista.
A “cooperação estratégica” (que era a negação da “força de bloqueio”) durou, e só durou, enquanto foi do interesse de Sócrates (que não desceu a uma única concessão de essência) e acabou no momento em que as circunstancias forçaram o primeiro-ministro a virar à esquerda.
(…)
E o prestígio internacional do Presidente começa lamentavelmente por não existir. Com quinze vetos (sete políticos e oito constitucionais), Cavaco ficou firmemente na irrelevância.
É, presumo, a isso que se chama a sua “contribuição para a estabilidade”.
(…)
O fim deste mandato de Cavaco promete ser mau. E o princípio do outro, se ele se recandidatar, promete ser pior.»
Vasco Pulido Valente, in Público 13 de Março de 2009
Vasco Pulido Valente, in Público 13 de Março de 2009
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