terça-feira, 17 de fevereiro de 2009



Li que a Ford rejeitou a ajuda do governo norte-americano para o sector automóvel.

A Ford, ou o sr. Ford, no seu tempo, já foi um dos mais visionários empreendedores de sempre, ao perceber, (1) o futuro do automóvel e, (2) para vender automóveis, os consumidores, têm de ter, poder de compra. O que ele fez, foi aumentar os salários dos azuis.

E porque nascemos académicos antes de começarmos a voar

Deflação - descida generalizada e continuada do nível de preços

Parece ser bom!
Mas não é.

Os perigos da Deflação

Sabemos que o instrumento mais forte e, ao mesmo tempo, menos flexivel, da economia, são as expectativas do mercado. É preciso haver um motor da economia, que a empurre para o progresso. Parece tanga... não é. Se os preços baixam, não somos ingénuos, para pensar que os produtores são bonzinhos, e querem que paguemos menos. Não são. Nós - consumidores - é que, em primeiro lugar, deixamos de ter poder de compra, liquidez para comprar. Porque temos medo do futuro, porque não sabemos como vamos estar amanhã. Vimos empresas a fechar, o desemprego a aumentar, a palavra crise por todo o lado. Mas voltemos aos preços, além de termos perdido poder de compra, vimos os preços descer e, mesmo que tenhamos necessidade de adquirir um bem, não o fazemos, porquê? Porque esperamos que o preço desça ainda mais. Esperamos por exemplo que, o desconto passe a ser reflectido no preço, e que sobre este novo preço, possamos obter mais desconto. O resultado é dramático para todos. Se não compramos, as empresas não vendem, se não vendem não produzem, se não produzem, a árvore cresce em dois sentidos, no do desemprego e na diminuição da oferta. Qualquer dia, não temos emprego nem o que comer, vestir, aquecer, ...

p.s. a imagem justifica-se, apenas, pelo academismo, de Goya. Com este quadro, Goya é aceite na Real Academia de Belas Artes de São Fernando. Cristo sem chagas, sangue, quase sem horror, apenas pela beleza da imagem e do corpo.

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