"Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Não sei se V. Exa. é um apreciador de um jantar tardio, seguido de um copo. Mas se for o caso, decerto que não escolherá o Bairro Alto para dar azo a esse nocturno desejo. Com a recente ordem de encerramento de bares e restaurantes às duas da manhã imposta pelo seu executivo camarário, sair para o Bairro Alto hoje em dia (noite) é como querer uma noite de prazer e não passar dos preliminares… por culpa da parceira. Sendo um dos principais cartões de visita da noite lisboeta, iman de milhares de turistas, clientes e respectivas carteiras, o Bairro Alto é um lugar de excepção. Único. E sustento de muitas famílias. Para já, pelo menos um terço do lucro foi à vida, queixam-se os comerciantes. Em ano de vacas magras, causa mossa. Quem ganha com isto? Os moradores? Fraca justificação. Os comerciantes do Cais do Sodré e da 24 de Julho? Talvez. Os empreendedores imobiliários? Provavelmente…"
Não sei se V. Exa. é um apreciador de um jantar tardio, seguido de um copo. Mas se for o caso, decerto que não escolherá o Bairro Alto para dar azo a esse nocturno desejo. Com a recente ordem de encerramento de bares e restaurantes às duas da manhã imposta pelo seu executivo camarário, sair para o Bairro Alto hoje em dia (noite) é como querer uma noite de prazer e não passar dos preliminares… por culpa da parceira. Sendo um dos principais cartões de visita da noite lisboeta, iman de milhares de turistas, clientes e respectivas carteiras, o Bairro Alto é um lugar de excepção. Único. E sustento de muitas famílias. Para já, pelo menos um terço do lucro foi à vida, queixam-se os comerciantes. Em ano de vacas magras, causa mossa. Quem ganha com isto? Os moradores? Fraca justificação. Os comerciantes do Cais do Sodré e da 24 de Julho? Talvez. Os empreendedores imobiliários? Provavelmente…"
Paulo Farinha (Editor Executivo da revista Volta ao Mundo)
Publicado no jornal Global Notícias de hoje
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