sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Lendo os outros


Pitbull with lipstick

Há seis meses atrás, numa reunião de republicanos conservadores e libertários, em Atlanta, dificilmente se encontrava um que acreditasse na possibilidade de vitória nas presidenciais. Entre o Iraque, a economia e o descalabro orçamental de Bush, ninguém via saída. Hoje a situação é bem diferente. John McCain é reconhecido como alguém que pensa e age de acordo com as suas convicções, capaz de contradizer o seu partido e de fazer acordos com o outro lado da barricada com enorme facilidade. Nestas eleições, isso, a sua experiência e a admiração pela sua história de coragem e honra eram as suas mais-valias. Um dos seus problemas, no entanto, é que os mais conservadores entre os republicanos não se reviam nele e não acreditavam na sua possibilidade de vencer. Razões suficientes para lhes faltar entusiasmo e vontade de ir votar. E são necessários votos para ganhar eleições. Ao escolher Sarah Palin Mc Cain resolve esse problema. Ela não muda a percepção que a América tem dele, mas consegue entusiasmar os mais conservadores, sem embaraçar a candidatura. Por muito que a esquerda tente, a imagem de uma Sarah Palin cavernícola e de crucifixo na mão não colhe. Palin foi escolhida por ser e representar as mulheres que trabalham, são mães de família, enfrentam combates e são conservadoras. Há muitas. Pitbulls com batôn. Simples.


Henrique Burnay no Meia Hora
(via 31 da Armada)

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