Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...
Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa do passado
Circula o cherne: traído Peixe recalcado...
Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos raros de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...
Alexandre O´Neill
Inspiração depois de ver o filme
«O Mundo do Silêncio» de Jacques-Yves Costeau
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