Ontem vi a retransmissão da cerimónia de abertura dos jogos Olímpicos na RTP e nem queria acreditar na indigência dos comentários, assim com uma má vontade mal disfarçada, de vez em quando a reconhecer que, vá lá, aquilo até era interessante, outras vezes incapazes de explicar o sentido das coreografias. O pior foi no fim, quando se ia acender a chama olimpica com um atleta a “correr” no ar, à volta do estádio, sobre imagens virtuais, até chegar ao facho. Os comentadores começaram por achar a ideia fantástica mas, quando perceberam que aquilo ia demorar alguns minutos só assim, o homem a deslizar ao longo do estádio, lá no alto, num movimento contínuo e sem mais nada para nos entreter até completar a volta, aí acharam uma maçada. Ocuparam o tempo a contar quantos metros faltariam e a criticar a duração da “volta”. Diziam, muito críticos, que a “ideia” perdia o “impacto”.
É nisto que estamos atolados, de “ideias” com “impacto”, com avaliação dos “efeitos”, de imagens rápidas,para impressionar. simbolismo que vá às urtigas, o que nós queremos é que nos distraiam com foguetes e luzes, lá o que pudesse querer significar aquela volta ao mundo isso nem nos ocorre.
É nisto que estamos atolados, de “ideias” com “impacto”, com avaliação dos “efeitos”, de imagens rápidas,para impressionar. simbolismo que vá às urtigas, o que nós queremos é que nos distraiam com foguetes e luzes, lá o que pudesse querer significar aquela volta ao mundo isso nem nos ocorre.
Sem comentários:
Enviar um comentário