A RTP resolveu ir para o Brasil entrevistar as famílias dos assaltantes da semana passada. O facto de as famílias estarem desfeitas e em choque não impediu os jornalistas de se lá irem enfiar em casa a fazer as perguntas estúpidas do costume. Como os pais do assaltante morto não os receberam, andaram de terra em terra nas proximidades a tentar que alguém dissesse as coisas que se espera que digam numa altura destas. Fiquei a saber que o pai do desgraçado que perdeu a vida agravou os seus problemas cardíacos. Mas para a RTP isso não chega. Tem que haver lágrimas e um ou outro drama. Se isto é jornalismo, é jornalismo de merda. Se isto é serviço público de televisão, é serviço público de televisão de merda.
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Este não é o primeiro caso. As nossas televisões abusam deste tipo de situações, sem respeito pela privacidade da dor das pessoas, recorrendo a opiniões irrelevantes de vizinhos e amigos, forçando muitas vezes as pessoas a dizer o que agrada ou ao jornalista ou à opinião pública, sem qualquer pudor. Tratando-se da RTP é pior ainda, por ser uma TV de serviço público. E somos nós que pagamos estas irrelevâncais , estes atentados à privacidade, estas reportagens feitas nos Brasis do mundo todo, que arcamos, colectivamente, com o despudor do mau jornalismo. Reforço:jornalismo de merda, serviço público de merda.
ResponderEliminarnão acham que aquela situação do assalto ao bes não necessitava de tanto aparato?...pessoalmente preferia menos pormenor...
ResponderEliminarPão e circo, como no tempo dos romanos, mas os leões esfaimados são hoje "comunicadores", papam os desprotegidos e mostram à volta da arenas os seus despojos, a entretar a multidão. Business as usual.
ResponderEliminar...desculpem as gralhas, não sei onde deixei os óculos.
ResponderEliminarTambém os romanos pagavam impostos e em troca tinham estradas, exército e circo. Pouco mudou …
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