"Diogo Infante vai assumir novo cargo
A direcção do Teatro Nacional D. Maria II é apontada como o novo desafio do actor. Há rumores de que o Ministério da Cultura já formalizou o convite a Diogo Infante mas o gabinete de Pinto Ribeiro não confirma. Mas não desmente, acrescente-se.
Um comunicado da EGEAC, a empresa municipal que gere os equipamentos culturais da Câmara Municipal de Lisboa, acaba de confirmar a demissão de Diogo Infante do cargo de director artístico do Teatro Maria Matos.
O comunicado indica apenas que o actor e encenador decidiu abandonar a chefia daquele teatro para iniciar novas funções. A direcção do Teatro Nacional D. Maria II, tutelado pelo Ministério da Cultura, é desde ontem apontada no meio cultural como o novo desafio de Diogo Infante.
Contactado pelo Expresso, o gabinete de José António Pinto Ribeiro não confirma que tenha havido qualquer convite ao actor nesse sentido, mas não nega a hipótese.
A vontade do ministro da Cultura em nomear nova direcção para aquele teatro nacional já é conhecida há alguns meses. Pinto Ribeiro está desde Abril preocupado com os destinos do D. Maria devido às divergências internas no seio da administração do teatro
A carta de demissão apresentada por José Manuel Castanheira na última sexta-feira terá acelerado o processo. Porém, com Carlos Fragateiro ainda como director artístico, nenhum membro da administração do Teatro Nacional tinha sido informado até há instantes de qualquer intenção do MC, não havendo também qualquer reunião agendada com a tutela.
O Expresso sabe, no entanto, que Carlos Fragateiro prepara um memorando desde a sua entrada para o cargo para enviar a Pinto Ribeiro.
Diogo Infante mantém-se incontactável desde quarta-feira à tarde, altura em que o Expresso avançou com a notícia da sua demissão. As razões que levaram à sua decisão são agora mais claras.
Fonte da autarquia adianta que o actor "tinha pedido há meses para ser recebido pela vereadora da Cultura e que isso nunca aconteceu". Diogo Infante procurava um encontro com Rosalia Vargas para tentar obter mais verbas para o funcionamento do Maria Matos.
A falta de comunicação e o último corte orçamental para a próxima temporada levaram o actor "a impôr ser recebido por António Costa", acrescenta fonte do gabinete da vereadora da Cultura.
Rosalia Vargas e a direcção da EGEAC estiveram reunidos durante toda a manhã e princípio da tarde. Finda a reunião, a vereadora escusou-se também a prestar declarações sobre a matéria."
in EXPRESSO
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