Homenagens, versos em revistas e jornais, excertos de poemas em blogues, nome referenciado em comentários, Jorge de Sena haveria de gostar. Parece que está mesmo na moda. Será uma descoberta ou um achamento?
Pega-se em Sena, na poesia. Importante claro. Uso como minha, a definição que Sena dá de Poesia. "Algo pessoal e intímo, profundamente comprometida com nós mesmos." Talvez a tenha modificado ao longo do tempo e ele não a tenha escrito exactamente assim, mas que se dane. A figurar como imortal, nas letras no séc. XX português, é a sua prosa e ensaios. Curiosamente, a fnac percebeu-o há anos, quando lançou a novela, O Fisico Prodigioso, em edição de bolso, dando-o mesmo. Ou o Público, que lançou contos há muito esgotados em livrarias. Eu gostei, custava 3 ou 4€ e dava uma prenda bestial. Aqui sim, uma descoberta estupenda. Mas parece que dá trabalho ler a prosa ou as várias centenas de pag de Sinais de Fogo. Enfim, perde-se um dos romances mais importantes em lingua portuguesa. Fica o nome, e fica bem, Sena foi um maldito, ou fizeram dele assim, e é bem amar os malditos.
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