Acordei hoje antes das 8, ainda alcoolizado, cada manobra mais acrobática a surfar, via o mundo andar à roda uma série de vezes, se este europeu durar muito, cada jogo é um KO. Estamos mais parecidos com o Brasil, já não é só a lingua e a ortografia a unir-nos, o Futebol é também aqui a única alegria colectiva. Os intelectuais fogem e não entendem a euforia e a sua importância, aberturas de 20m nos telejornais, a presidência a recebê-los como herois, ... . Talvez haja mesmo algum excesso nisto. Se o governo não começa a criar e distribuir riqueza, ainda acabamos em Sambódromos a tocar na bateria.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Alô grande morgado.
ResponderEliminarEra para colocar ali em baixo no texto sobre a música nas campanhas de publicidade da selecção mas segue aqui devido ao carnaval futebolístico.
vê este anúncio:
http://www.youtube.com/watch?v=4ijL0hErfV8&feature=related
Pega. É mobilizador, aliás com esta
música, qualquer um se junta à
vaga, arregaça as mangas, junta-se ao grupo por uma ambição e abraça a festa.
Neste caso é mesmo real... os
Portugueses mobilizam-se...
durante 1 mês... 2 em 2 anos,
juntam-se por uma ambição.
Mas se neste caso essa união
é um facto...
Noutros casos, a publicidade
promove uma ideia falsa de
união e sintonia.
Se reparares, ao longo do ano,
tanto anúncios dos bancos como das
seguradoras e telemóveis é
usada a mesma técnica
(ex: pessoas que se juntam
nas ruas, atrás de camionetas
com cantores que promovem
créditos para a casa ,o
carro... e os jovens andando
atrás das caravanas a
cantar)... essa união é o
oposto da realidade... a
sociedade é cada vez mais individualiasta, anda
tudo cada vez
mais sofrego para alcançar os
seus objectivos..
acaba tudo num território
vazio... e por isso, sobra a
necessidade
de se preencherem com esses
produtos, para sentirem-se
parte integrante de um
grupo... as pessoas
comunicam cada vez menos (por
várias razões: a precaridade
promove o silêncio, o
carreirismos, o receio da
partilha de ideais)... o dia
inteiro representa um vazio emocional, não
se comunica com entusiasmo... as pessoas
chegam a casa ligam o
televisor e o marketing oferece-lhes essas referências que
promovem a ideia de grupo
para se sentirem integradas.
Facto:
As pessoas estão a perder qualidades! ...e... só as recuperam na altura do euro e do
mundial... que é... esse sentido
de união.
O cachecol, a bandeira e o
futebol... é uma campanha
que resultou muito bem.
Só é pena que ao longo do ano,
tanto nos media, como nos empregos, também não seja promovido
esse espirito de equipa.
Cheers.
Meu caro Morgado,
ResponderEliminarJá temos o Sambódromo,são as Marchas na Avenida da Liberdade...
E está quase...
Vi o anúncio da Galp e parece um livro do Paulo Coelho. Muito bem feitinho, com motes engraçados “movido a energia positiva”, excelente banda sonora, feita para agradar! De facto aquilo pega. Mas olha, discordo um pouco da caracterização, ou antes, só do adjectivo – individualista.
ResponderEliminarPenso, continuamos a precisar e a recorrer ao grupo. A geração atrás, cresceu no meio de adversidades, a partir daí a sociedade portuguesa, cresceu tão rápido – aliás o mundo - que há talvez aqui um problema de desadequação do que temos hoje em dia, ao espaço e ao tempo e ao indeviduo. O acesso aos bens e serviços é generalizado e fácil, o sexo ele mesmo hoje é banal pela facilidade, é tudo muito fácil, a luta é feita em birras. Não crescemos com objectivos que não sejam, a imagem. O individualismo que referes é um a dose cavalar de egocentrismo. Em termos de grupo, nada mudou, a familia, os amigos e os amigos dos amigos, os conhecimentos e os favores, estão por aí e para durar, mas com menos caracter.
A facilidade de acesso a tudo, tem este efeito perverso de nos baixar as defesas e o espirito de sacrificio/ luta. Desiste-se facilmente, entra-se em depressão por tudo e por nada. Doenças civilizacionais.
O que precisamos é de mais e boa música, e de bom futebol, e acabe o Euro e comece a campanha para o Mundial, e que se sonhe também com a organização do mesmo, mais ideias megalomanas para pôr este povo a sonhar. Gostava de ter acesso aos escritos de Julio César, ele caracterizou muito bem os Lusitanos, penso que pouco evoluímos, se somos prós em alguma coisa, é na consistência do erro!