segunda-feira, 9 de junho de 2008

Acordei hoje antes das 8, ainda alcoolizado, cada manobra mais acrobática a surfar, via o mundo andar à roda uma série de vezes, se este europeu durar muito, cada jogo é um KO. Estamos mais parecidos com o Brasil, já não é só a lingua e a ortografia a unir-nos, o Futebol é também aqui a única alegria colectiva. Os intelectuais fogem e não entendem a euforia e a sua importância, aberturas de 20m nos telejornais, a presidência a recebê-los como herois, ... . Talvez haja mesmo algum excesso nisto. Se o governo não começa a criar e distribuir riqueza, ainda acabamos em Sambódromos a tocar na bateria.

3 comentários:

  1. Anónimo03:23

    Alô grande morgado.

    Era para colocar ali em baixo no texto sobre a música nas campanhas de publicidade da selecção mas segue aqui devido ao carnaval futebolístico.


    vê este anúncio:

    http://www.youtube.com/watch?v=4ijL0hErfV8&feature=related

    Pega. É mobilizador, aliás com esta
    música, qualquer um se junta à
    vaga, arregaça as mangas, junta-se ao grupo por uma ambição e abraça a festa.

    Neste caso é mesmo real... os
    Portugueses mobilizam-se...
    durante 1 mês... 2 em 2 anos,
    juntam-se por uma ambição.


    Mas se neste caso essa união
    é um facto...

    Noutros casos, a publicidade
    promove uma ideia falsa de
    união e sintonia.
    Se reparares, ao longo do ano,
    tanto anúncios dos bancos como das
    seguradoras e telemóveis é

    usada a mesma técnica
    (ex: pessoas que se juntam

    nas ruas, atrás de camionetas

    com cantores que promovem

    créditos para a casa ,o

    carro... e os jovens andando

    atrás das caravanas a

    cantar)... essa união é o

    oposto da realidade... a

    sociedade é cada vez mais individualiasta, anda

    tudo cada vez

    mais sofrego para alcançar os

    seus objectivos..

    acaba tudo num território

    vazio... e por isso, sobra a

    necessidade
    de se preencherem com esses

    produtos, para sentirem-se

    parte integrante de um

    grupo... as pessoas

    comunicam cada vez menos (por

    várias razões: a precaridade

    promove o silêncio, o

    carreirismos, o receio da

    partilha de ideais)... o dia

    inteiro representa um vazio emocional, não

    se comunica com entusiasmo... as pessoas

    chegam a casa ligam o

    televisor e o marketing oferece-lhes essas referências que

    promovem a ideia de grupo

    para se sentirem integradas.

    Facto:
    As pessoas estão a perder qualidades! ...e... só as recuperam na altura do euro e do
    mundial... que é... esse sentido
    de união.

    O cachecol, a bandeira e o
    futebol... é uma campanha
    que resultou muito bem.

    Só é pena que ao longo do ano,
    tanto nos media, como nos empregos, também não seja promovido
    esse espirito de equipa.

    Cheers.

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  2. Meu caro Morgado,

    Já temos o Sambódromo,são as Marchas na Avenida da Liberdade...
    E está quase...

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  3. Vi o anúncio da Galp e parece um livro do Paulo Coelho. Muito bem feitinho, com motes engraçados “movido a energia positiva”, excelente banda sonora, feita para agradar! De facto aquilo pega. Mas olha, discordo um pouco da caracterização, ou antes, só do adjectivo – individualista.

    Penso, continuamos a precisar e a recorrer ao grupo. A geração atrás, cresceu no meio de adversidades, a partir daí a sociedade portuguesa, cresceu tão rápido – aliás o mundo - que há talvez aqui um problema de desadequação do que temos hoje em dia, ao espaço e ao tempo e ao indeviduo. O acesso aos bens e serviços é generalizado e fácil, o sexo ele mesmo hoje é banal pela facilidade, é tudo muito fácil, a luta é feita em birras. Não crescemos com objectivos que não sejam, a imagem. O individualismo que referes é um a dose cavalar de egocentrismo. Em termos de grupo, nada mudou, a familia, os amigos e os amigos dos amigos, os conhecimentos e os favores, estão por aí e para durar, mas com menos caracter.

    A facilidade de acesso a tudo, tem este efeito perverso de nos baixar as defesas e o espirito de sacrificio/ luta. Desiste-se facilmente, entra-se em depressão por tudo e por nada. Doenças civilizacionais.

    O que precisamos é de mais e boa música, e de bom futebol, e acabe o Euro e comece a campanha para o Mundial, e que se sonhe também com a organização do mesmo, mais ideias megalomanas para pôr este povo a sonhar. Gostava de ter acesso aos escritos de Julio César, ele caracterizou muito bem os Lusitanos, penso que pouco evoluímos, se somos prós em alguma coisa, é na consistência do erro!

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