Quando li a tal frase também fiquei um pouco incomodado. Tentei ver o que poderia estar por detrás, tendo em conta que poderia estar - como está, pela rectificação do Morgado - algo mais que não foi explicado. No entanto, afirmações, assim a seco, podem ser perigosas já que o universo de pessoas que se dirigem a Fátima é muito vasto. Diria mesmo, um local de encontro da riqueza humana. Claro, que fico incomodado, de igual forma, com muito do que lá se vê, mas isso passa por uma difícil, complexa, formação e alteração de mentalidade cultural que terá de acontecer. A nova igreja já é um bom e grande passo (espero que a mensagem comece a ser recebida e transmitida)...
Mas na linha da fé... A fé mobiliza. Seja ela religiosa, seja ela futebolística, seja ela partidária... Há uma crença de fundo quase inexplicável. No entanto, a fé religiosa, quando bem vivida, leva o ser humano mais longe. Talvez porque leva ao questionamento, ao não querer ficar submetido ao que está, e impele a mais... As outras exemplificadas também poderão levar o ser humano mais longe, mas não o conseguirão levar à dimensão transcendental que a Vida, em si, comporta. Pode-se ter fé no jogador ou na táctica, até mesmo neste ou naquele candidato, mas não se consegue ir mais além que a simples relação com o humano. Agora a Fé, mais do que uma confiança, é um estado de vivência interior que eleva o humano à divinização com todos os outros, em que, sem dúvida, entra o campo do perdão, do respeito, da integridade - não simplesmente moral, mas totalizante - do Humano. Daí que a mensagem divina, seja uma mensagem de Vida e não meramente doutrinal.
Infelizmente na dimensão do religioso há muita confusão. Misturam-se mitologias, com crenças religiosas... Misturam-se medos, receios, com temor e respeito pelo Sagrado... E, depois, há uma tentativa ultra-racionalista de se explicar algo - ou alguém - que é mais do que a razão humana.
Para se viver isto há a surgir mais que um diálogo, aquilo que Gadamer designa por fusão de horizontes. De forma bastante simples, passa por uma escuta atenta do outro, numa atitude comunicativa, não rejeitando à partida o que ele me diz ou é, mas tentando ir ao fundo do que me possa dar. Porque a pessoa, tal como podemos encontrar no campo da Fé, tem uma história que, em si, tem algo para dizer, mesmo que mínimo...
Recordo a última parte da citação também de Gadamer que coloquei no meu último post: Precisamente através da nossa finitude, da particularidade da nossa essência, é que se detecta toda a variedade de linguagens e o diálogo infinito abre-se na direcção da verdade que somos. Somos, e não é sou. Não há nenhum ser humano, que possa dizer, eu tenho a verdade... E no campo da fé, isto é muito importante.
Morgado da minha parte fica com o meu Abraço pelo teu Acto de Contrição. Com a vontade de uma conversa...
Mas na linha da fé... A fé mobiliza. Seja ela religiosa, seja ela futebolística, seja ela partidária... Há uma crença de fundo quase inexplicável. No entanto, a fé religiosa, quando bem vivida, leva o ser humano mais longe. Talvez porque leva ao questionamento, ao não querer ficar submetido ao que está, e impele a mais... As outras exemplificadas também poderão levar o ser humano mais longe, mas não o conseguirão levar à dimensão transcendental que a Vida, em si, comporta. Pode-se ter fé no jogador ou na táctica, até mesmo neste ou naquele candidato, mas não se consegue ir mais além que a simples relação com o humano. Agora a Fé, mais do que uma confiança, é um estado de vivência interior que eleva o humano à divinização com todos os outros, em que, sem dúvida, entra o campo do perdão, do respeito, da integridade - não simplesmente moral, mas totalizante - do Humano. Daí que a mensagem divina, seja uma mensagem de Vida e não meramente doutrinal.
Infelizmente na dimensão do religioso há muita confusão. Misturam-se mitologias, com crenças religiosas... Misturam-se medos, receios, com temor e respeito pelo Sagrado... E, depois, há uma tentativa ultra-racionalista de se explicar algo - ou alguém - que é mais do que a razão humana.
Para se viver isto há a surgir mais que um diálogo, aquilo que Gadamer designa por fusão de horizontes. De forma bastante simples, passa por uma escuta atenta do outro, numa atitude comunicativa, não rejeitando à partida o que ele me diz ou é, mas tentando ir ao fundo do que me possa dar. Porque a pessoa, tal como podemos encontrar no campo da Fé, tem uma história que, em si, tem algo para dizer, mesmo que mínimo...
Recordo a última parte da citação também de Gadamer que coloquei no meu último post: Precisamente através da nossa finitude, da particularidade da nossa essência, é que se detecta toda a variedade de linguagens e o diálogo infinito abre-se na direcção da verdade que somos. Somos, e não é sou. Não há nenhum ser humano, que possa dizer, eu tenho a verdade... E no campo da fé, isto é muito importante.
Morgado da minha parte fica com o meu Abraço pelo teu Acto de Contrição. Com a vontade de uma conversa...
Estás nomeado meu interlocutor nestes assuntos da fé :)
ResponderEliminarA nossa conversa está em dívida, desde os tempos em que apanhávamos o mesmo comboio em Braga Zzzz