Ser um insecto

Sensibilizou-me o convite do Pedro. Que não esperava. Sensibilizou-me ainda mais o post a dar-me as boas vindas. Porque falou de uma amizade profunda e cristalina que, em verdade, nos une e é um privilégio inestimável: com ele, com o Miguel, com o Tiago. Porque falou de uma suposta sabedoria (e eu lembrei-me logo do que me dizia o meu Pai - o Diabo não é sábio por ser Diabo, mas por ser velho...), que longe de me envaidecer me assusta (e de outras virtudes que só os seus olhos amigos conseguem vislumbrar), pela qualidade dos meus amigos e dos outros amigos dos meus amigos, que me habituei a ler diariamente. Resisti. Mas aceitei o desafio de vir a tornar-me num insecto. De que espécie? Ainda não sei. Mas espero que o meu zumbir não seja impertinente e contribua, de algum modo, para cimentar ainda mais, se possível, a nossa amizade e comunhão de valores, de ideias e de propósitos e da forma de estar que já distingue o blogue e os que nele escrevem. Também com as nossas diferenças, porque todos somos diferente, porque somos únicos. Também com as nossas discordâncias e divergências de opinião. Enriquecendo-nos, assim, e dando alguma coisa de nós a cada um daqueles que nos procuram.

Uma saudação de boas vindas: aos meus amigos insectos e aos insectos que ainda não conheço, mas anseio conhecer, à Moura, pela sua cultura e visão clara e justa da sociedade em que estamos inseridos,ao Gonçalo, novo insecto como eu, e ao Paulo, pela claridade da sua Fé, pela transcendência de Deus que nos transmite, pela transbordante humanidade de Cristo que nos comunica com uma profundidade feita de simplicidade. E aos que passarão a ter a paciência de me ler e comentar e criticar. A partir de hoje, começarei a voar.