No DN desta manhã a Drª Maria José Nogueira Pinto preocupa-se com "A Direita e as Direitas", nelas incluindo o PSD, que se diz social-democrata e de centro-esquerda, fazendo aqui coro com as esquerdas.Ela lá sabe do que fala, porque andou pelo PSD e pelo CDS. Acho, aliás, que faz muito bem em preocupar-se com o que por aquelas bandas se passa: com a empresarialização do PSD (mas não é por isso que se produzirão "em série" mais políticos "nados e criados no seu interior",porque muitos e muitos deles é de lá que vêm, mesmo se da sociedade civil se reclamam) e com o " direito de tendência" aprovado no CDS que, passada primeira fase democrata-cristã, se transformou numa albergaria espanhola, de difícil convivência entre tendências, com o único denominador comum de serem de direita e rejeitarem o centrismo fundador, e de muitas transferências de clube, conforme os campeonatos. Talvez assim se saiba quem é quem e, ao contrário do que diz, acabem os "delitos de opinião" e as "objecções de consciência". Se é que isso importa alguma coisa.
O mais extraordinário é o remate das suas preocupações, que cito:"Por fim é bom relembrarmos que o PS já fez o seu trabalho de casa, com "directas" amplamente participadas por todas as tendências socialistas. O PS já se profissionalizou e o seu aparelho, de voraz apetite, deita água na fervura do "mar da palha" para não perder pitada. E também por isso, poderão ganhar as próximas eleições." Ou eu não entendi nada, ou não diz a gota com a perdigota.
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