"(...) passou o Brokeback Mountain de Ang Lee (...). Brokeback Mountain possui o "concentrado" típico da tragédia clássica. Ao longo de vinte anos dois homens mantêm, apesar dos filhos e das esposas, uma relação "nascida" no acaso de um trabalho solitário a tomar conta de ovelhas numa remota montanha americana. Depois cada um segue a sua vida familiar, de trabalho e de mentira, incompreensivelmente (do ponto de vista deles) apaixonados um pelo outro até ao pathos final. Não é, por isso, um filme "maricas" sobre "maricas". É um filme sobre a solidão humana e o medo do desejo do "outro". Brokeback Mountain é um lugar para o qual dois homens fugiam da vida como ela estupidamente é. Para um deles, ainda havia o "México", a rua anónima. Numa dessas escapadas, Jack é, par delicatesse, liquidado fisicamente. Não tinha, aliás, andado a fazer outra coisa senão rodeos com a morte, a designação em carne viva de uma vida impossível. De facto, aos mortais nada é dado de graça."
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por João Gonçalves in Portugal dos Pequeninos
As grandes obras de arte identificam-se também pelas diferentes visões que geram. Este filme de Ang Lee peca por gerar algumas opiniões imbecis. Este João Gonçalves se começa por dizer "relação "nascida" no acaso" depois escreve "apaixonados um pelo outro até ao pathos final". Bem primeiro sugere uma relação homossexual nascida do isolamento e de ambos satisfazerem a libido, depois já é uma relação fundamentada na paixão. Enfim, às tantas não percebi nada sobre este trecho além de alguma confusão na cabeça do autor. A confusão nasce precisamente pelo aspecto Homossexual da relação. Há alguma dificuldade em lidar com isso e sobretudo, em combater o que recebemos em anos e anos de crescimento da familia, amigos e sociedade com a opinião que nos é exigida no sec. XXI. Afinal hoje em dia até é fashion ter um amigo/ amiga gay. Enfim, às tantas sou eu que não percebo nada e tb o reconheço. E o que quererá ele dizer com o pathos final. Tanta confusão...
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