quarta-feira, 18 de julho de 2007

Selma Lagerlof


O nome é fácil de fixar. Consta nas listas de 1909 com o nobel da literatura, o primeiro atribuído ao sexo feminino. Nada disto seria extraordinário se eu a não tivesse descoberto (achado?). Um livro "O Tesouro" devorado nas dunas do Guincho, numa tarde sem nada para fazer e, agora o segundo, "A saga de Gösta Berling", um pouco mais volumoso e a exigir outra atenção. O leit motif será um dos mais velhos da humanidade, a luta entre o bem e o mal, como chega lá é que se torna surpreendente. Agarra e mistura a mitologia europeia com a realidade conhecida, baralha e convida o diabo para se sentar ao lado do Padre, que cedendo à bebida resvala nos pecados que lhe seguem. Se há uma continuidade narrativa ela é apenas visivel na nossa memória, o que me parece, à semelhança do D. Quixote, é que podiamos começar num qualquer capitulo que nada se perdia. A maravilha da prosa, por inteiro e que poder o da literatura nas mãos dela.

A editora Cavalo de Ferro que começou por ter das capas mais bonitas do mercado, agora cedeu às vendas e fez uma montagem com a efige da Greta Garbo. Nada a apontar a não ser que parecem livros da Europa América.

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