Às vezes há um sopro de frescura no modo como se tratam temas estafados. É o caso da adaptação do romance de D.H.Lawrence, O Amante de Lady Chatterley, que Pascale Ferran traduz num filme lindíssimo sobre o desejo, a atracção física, as mil e uma formas subtis ou explícitas como se comunica, como se sublima ou se realiza. Um filme límpido, sem escândalo nem falsas inocências, poético e desconcertante na sua simplicidade.
A história dos dois amantes, por mais conhecida, lida e relida que seja, surge como nova logo às primeiras imagens, na doçura dos gestos, na intensidade dos olhares, nos diálogos contidos e intensos.
A natureza é a grande estrela, enquadra e actua, domina e ampara, esconde e revela, sucede-se impiedosa como se fosse indiferente a quem a habita mas é ela que regula e dita as regras, tornando as convenções absurdas e inúteis.
Já tinha saudades de ver um bom filme falado em francês.
A história dos dois amantes, por mais conhecida, lida e relida que seja, surge como nova logo às primeiras imagens, na doçura dos gestos, na intensidade dos olhares, nos diálogos contidos e intensos.
A natureza é a grande estrela, enquadra e actua, domina e ampara, esconde e revela, sucede-se impiedosa como se fosse indiferente a quem a habita mas é ela que regula e dita as regras, tornando as convenções absurdas e inúteis.
Já tinha saudades de ver um bom filme falado em francês.
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