sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

O BE

Ficamos a semana passada a saber que a única Presidente de Câmara do BE, a câmara de Benavente, foi constituída arguida por qualquer coisa como licenciamentos ilícitos - as coisas a que os Presidentes de Câmara já nos habituaram. O que esta história tem de diferente é que nos restantes casos em que outros presidentes, de outros partidos, eram constituídos arguidos o BE vinha logo a terreiro dizer que era necessário um estado que punisse quem vai contra a lei, quem usa dinheiros públicos para proveito próprio, quem não sabe ocupar o lugar para o qual foi eleito. Mas o que desta vez ouvimos do BE foi «isto é tudo uma vingança», sem explicar de quem e sobre o quê. Já agora só faltou dizer que foi uma vingança dos «ELES» uma espécie de instituição do Mal que o BE criou e apregoa sempre que pode. É com este moralismo falso e rasca que o BE vê o mundo, age sobre ele. Pior, acha que todos devemos ser como eles, BE, e não a tal instituição anónima.
Ao contrário do que faz parecer, o BE não está acima do banal e comum da vida, não tem uma poder milagroso para ficar imune a arguidos e coisas ilícitas e por isso mesmo não lhe reconheço qualquer superioridade moral para se achar melhor ou sequer diferente. Porque o sr. Louçã sabe bem o que aconteceu na Câmara de Benavente e, sabendo como se financiam partidos em Portugal, basta perguntar pelas contas do BE.
É por isso que esses senhores não se aconselham.

1 comentário:

  1. O BE a levar com uma dose do próprio remédio!Parece que não gostam, que surpresa! Sempre de dedo em riste, a apontar tudo e todos, e agora...? Não há nada como a dura realidade!

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