Ainda atordoado. Há pessoas que consideramos imortais. Habituaram-me a ver Cesariny um pouco como a figura do avô. Afinal sempre estivera ali desde que me lembro e com a mesma figura. Morreu. Soube-o agora, na minha distracção que dilata o dor.
Morreu o poeta, não batam em latas, recordem, fixem na memória e como gritava Florbela Espanca numa livre adaptação "Deita-as ao mar se as souberes de cor"
Mário Cesariny a recordar aqui no Insecto, um por dia.
Queria de ti um país de bondade e de bruma
Queria de ti o mar de uma rosa de espuma.
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