E porque ontem foi o dia da poesia, aqui fica a minha última poesia preferida, feita pelo excelente Jorge Palma, que canta como ninguém.
Valsa dum homem carente
Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo
Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeai
sem todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor
É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
Jorge Palma
in, "Norte".
quarta-feira, 22 de março de 2006
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Esse poema é muito belo, pela voz de Jorge Palma. Mas por acaso a sua autoria é de Carlos Tê.
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