Nada sou, nada posso, nada sigo. Trago, por ilusão, meu ser comigo. Não compreendo compreender, nem sei Se hei de ser, sendo nada, o que serei. Fora disto, que é nada, sob o azul Do lato céu um vento vão do sul Acorda-me e estremece no verdor. Ter razão, ter vitória, ter amor Murcharam na haste morta da ilusão. Sonhar é nada e não saber é vão. Dorme na sombra, incerto coração. Fernando Pessoa
O abismo é o muro que tenho Ser eu não tem um tamanho.
Nada sou, nada posso, nada sigo.
ResponderEliminarTrago, por ilusão, meu ser comigo.
Não compreendo compreender, nem sei
Se hei de ser, sendo nada, o que serei.
Fora disto, que é nada, sob o azul
Do lato céu um vento vão do sul
Acorda-me e estremece no verdor.
Ter razão, ter vitória, ter amor
Murcharam na haste morta da ilusão.
Sonhar é nada e não saber é vão.
Dorme na sombra, incerto coração.
Fernando Pessoa
O abismo é o muro que tenho
ResponderEliminarSer eu não tem um tamanho.
O abismo é o muro que tenho
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